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sábado, 30 de abril de 2011

OS DESAPARECIDOS

TUDO NEGATIVAMENTE ESCLARECIDO



Ouvido hoje na Pastelaria do Coró, na Boa Vista:

Ô cumpadre, o pessoal está procurando chifre na cabeça de cavalo. Não existe desacordo entre o Presidente do PT e o Vice prefeito.

- Uai,  e as noticias no rádio e no jornal ?

- É intriga. Ficou esclarecido que as posições dos dois dirigentes estão situadas diametralmente opostas. Nada de divisão. Como dizia a poeta: Amar não é olhar um para o outro e sim ambos na mesma direção. No caso, um para o norte e outro para o sul. 

- Mas...

- Sim, tudo é uma questão de enfoque momentâneo sobre diretivas diversas que jamais colocará, por sí só, em risco as conquistas obtidas. Assim, tudo não só se acomodará com o decorrer dos dias, como estabelecerá a consolidação de rixas harmoniosas e duradouras, tão necessárias para a diminuição do "gap" existentes entre as classes menos favorecidas. Esse é o nosso objetivo maior. Ou não.
- Ah bom, assim fico mais tranquilo.

ER

PHOTOGRAPHIA NA PAREDE

TAMBÉM ESTÁ CAINDO FORA

Um dos maiores símbolos da Verdade, Justiça e do Modo de vida americano, o Super-Homem ameaça renunciar sua cidadania. Por mais absurda que a notícia possa parecer aos olhos e ouvidos dos fãs de um dos mais famosos personagens de história em quadrinhos, é o que vem publicado em um número especial da Action Comics – revista da editora DC Comics, que lançou o personagem ao mundo – colocada à venda na última quarta-feira, nos Estados Unidos. Na história intitulada The Incident, de autoria de David S. Goyer e Michael Sepulveda, o personagem nascido no planeta de Krypton diz, com todas as letras, que se dirigirá à Organização das Nações Unidas (ONU) e informar que está renunciando à cidadania dos Estados Unidos.


Erlich - El Pais

LIMPINHO DE NOVO



ER

A OPOSIÇÃO DISPERSA

Deu no Reinaldo:

Os comandantes das oposições ignoram o assunto porque estão ocupados em se destruir.

Delúbio Soares está de volta ao PT. Até o líder do PT no Senado, Humberto Costa (PE), se mostra um tanto constrangido. Em público ao menos.

A equipe econômica dá claros sinais de que não tem resposta satisfatória — nem mesmo um diagnóstico — para a equação “inflação-câmbio-juros”.

Os gargalos na infra-estrutura são evidentes, como demonstram os aeroportos.

Bastaram quatro meses de governo para que se percebesse que o megaplano de Dilma para a segurança pública não passava de delírio e cascata.

As demais obras de infra-estrutura para a Copa do Mundo estão atrasadas, e a respostas do governo é pregar o desrespeito à lei em nome da eficiência.

A inflação, aquela que se percebe nos supermercados, começa a fazer parte do cotidiano dos brasileiros.

Querem saber de uma coisa? Ao se ocupar mais de suas dissensões internas do que em dar combate ao governo, cobrando-lhe coerência e eficiência, as oposições desrespeitam o voto dos eleitores, que a nomeou fiscal do governo federal. No que diz respeito ao futuro, pergunta-se: por que essa gente se organiza para voltar ao poder? Lula disse que oposição é como carrapicho: cresce sozinho… Digamos que a oposição é o carrapicho da oposição.

Por Reinaldo Azevedo

MUNDO DOS NEGÓCIOS

Deu no Cláudio Humberto:

A 4ª Turma do Tribunal de Justiça do DF anulou o processo licitatório, que considerou irregular, na compra de dois helicópteros do governo do Distrito Federal à empresa Helibrás, no valor de R$ 23,3 milhões. Dois dos três desembargadores da 4ª Turma já endossaram a decisão do juiz de primeira instância, que determinara a anulação, mas o terceiro desembargador pediu vista. Quarta (4), a decisão deve ser confirfirmada
A ação contra a compra dos helicópteros, hoje utilizados pelo Corpo de Bombeiros e o Detran, foi movida pelo Ministério Público do DF.
O MP apurou que o processo de compra dos helicópteros favoreceu indevidamente a Helibrás, impedindo a participação de concorrentes.
Confirmada a anulação da compra dos helicópteros, a Helibrás terá de devolver, corrigidos, os R$ 23,3 milhões recebidos indevidamente.

Cláudio Humberto

DEVERIA SER A GRANDE TRISTEZA NACIONAL

Deu no O Globo:

"Em dez anos, o analfabetismo no país caiu só quatro pontos percentuais. Hoje, há ainda 13,9 milhões de brasileiros, com 15 anos ou mais, analfabetos, diz o Censo de 2010 divulgado nesta sexta-feira pelo IBGE. É o equivalente a 9,63% da população nessa faixa etária - no Censo de 2000, esse percentual era de 13,64%.
Apesar de ser uma das áreas do país com maior crescimento econômico e aumento de mercado consumidor, o Nordeste continua sendo a região com maior número de analfabetos."

Blog: Aparentemente, por mais incrível que seja, muitos não têm interesse na alteração com maior velocidade, nesse quadro. Ainda é negócio.

ER


É DISCO QUE EU GOSTO



CRAZY

Versão brega chic preferida pelo Saulo. Vale pelo solo de sax. (e pela carta enviada do pai do Dr. Wenceslau Braz.

ER

A GENTE ERRA

sexta-feira, 29 de abril de 2011

CAMARADAS EM ATRITO


Panorama visto da ponte -

De longe, os comentaristas da cidade fazem a seguinte análise sobre as idas e vindas do PT local: "teríamos na terrinha o PT do P que contaria com o decisivo apoio do nosso deputado estadual e o PT do L que teria o vibrante apoio do alcaide".
O jornal "O Sul de Minas" abordou a questão de maneira clara, ouvindo as duas partes (por ter duas partes já deixou de ser unânime decisão partidária). 
O Professor ainda exala ao longe o já quase imperceptível aroma de antigos ideais. O Vice pragmático continua agarrado à ilusória proximidade do poder, aos compromissos assumidos e aos interesses imediatos.
Ambos lutam para encontrar palavras e montar frases que indicariam a existência de uma possível harmonia. Em vão.
A única coisa que poderia uní-los seria imaginar o sorriso sarcástico do tigre peemedebista, sentado sobre o penhasco, aguardando para um futuro próximo a indicação, pelo PT estadual, do vice da sua chapa. 
Enquanto os outros partidos, que outros ?
ER  

CASAMENTO REAL

...e viveram felizes para sempre.

ER

EXTRAORDINÁRIO DOCUMENTO

Post enviado pelo Saulo Caridad - Para ler com muita atenção no final de semana.

Memória escrita pelo Cel Francisco Braz Pereira Gomes, para ser oferecida ao Dr. Venceslau Braz Pereira Gomes, seu filho, no dia de seu aniversário natalício à 26 de fevereiro de 1914.

(Esta memória foi apenas esboçada, não tendo sido corrigida e passada a limpo pelo seu autor, por ter o mesmo falecido quando a concluía, na noite de 24 para 25 de fevereiro de 1914).

"Salve 26 de Fevereiro"

Hoje que transpondes o 46o ano de uma existência tão cheia de sofrimentos como de gozos, vos transmito como presente de anos, na carência de coisa mais valiosa, as notas que seguem, em forma de memorial, que terá talvez algo de útil em dadas ocasiões.

Já um dos desafetos vossos, certamente possuído de despeito, filho da inveja por alguns dos triunfos da carreira política, houve por bem deprimir-vos escrevendo e afirmando pelos jornais que sois de baixa origem. Esta estulta apóstrofe teve imediata e oficiosa contestação por parte de alguns de vossos numerosos amigos que, felizmente se contam as centenas, senão milhares e milhares. É bem possível que ela se repita, pois que, ódio velho não se cansa e vossa estrela tem-se encarregado de reproduzir os invejosos por este vasto País, povoado por mais de maus que de bons patriotas.
Certo é que os vossos antepassados, um só de nobre estirpe, para ser invocado com orgulho de raça. Sois um genuíno filho do povo e só tendes a agradecer a posição de destaque em que vos achais a si próprio e as instituições democráticas que felizmente nos regem. Entro em matéria pois dando-vos notícias do que foram os vossos maiores. A excepção de vosso bisavô, Te Cel Caetano Ferreira da Costa e Silva, que, pelo prestígio e bravura, teve honrosa menção na história da revolução de 1842, cuja história é omissa com relação aos demais antepassados vossos. E não podia deixar de ser assim porque todos, por serem bons cidadãos e patriotas, eram, em extremo, modestos, faziam o bem pelo prazer de fazê-lo, sem estardalhaços, inerentes aos vaidosos, sedentos de popularidade. Manda a verdade que eu afirme que todos honraram a sociedade em cujo seio conviveram, nenhum deu jamais como autoridade e como particular, uma nota que os fizessem desmerecer da consideração pública.
Tivestes por avós, por parte materna, o Capitão Francisco Manoel dos Santos Pereira e Dna Ana Maria do Espírito Santo. O Cap. Francisco dos Santos era filho de José dos Santos Cabral, homem abastado que, por um motivo qualquer que não sei explicar, fez promessa de se casar com uma moça de família pobre e amparar essa família.
Aconteceu naquele tempo, vir imigrantes da Ilha do Pico, possessão portuguesa, uma família pobre, composta de casal e filhos. Àqueles chamavam-se Domingos Pereira da Rosa e Luiza (só a conheci por Luiza) tinha 100 anos quando faleceu. Filhos: Domingos José Pereira, Manoel José Pereira, Maria Pereira, Bebiana Pereira e José Pereira da Rosa. Esse Cabral, vulgarmente chamado de "Santinho", afeiçoou-se à moça de nome Maria Pereira e com ela se casou. E para estreitar mais o laço que já o prendia à família Pereira, casou uma irmã que conservava em sua companhia, de nome Anna Clara dos Santos, com seu cunhado Manoel José Pereira, que foi pai do saudoso Te Cel Junior, e, passando da promessa para a realidade, protegeu sempre a família de sua esposa, bastando dar-lhes largas para o trabalho, visto que eram todos laboriosos.
Destes dois enlaces resultou a constituição das duas famílias Santos e Pereira, que ficaram assim entrelaçadas e assim continuaram até hoje, pois os membros de uma faziam parte da outra.
Do exposto segue-se que por parte do vosso avô Francisco dos Santos, descendes das duas famílias Santos e Pereira. Pelo lado da vossa avó, Dna Anna, primeira esposa de Francisco dos Santos, tens por bisavós o Te Cel Caetano Ferreira da Costa e Silva, que, segundo ouvi dizer era filho de um português chamado Caetano da Barra" e de Dna Gertrudes Maria Vieira, senhora de peregrinas virtudes e que pela cor e beleza da epiderme parecia pertencer à raça caucasiana. O Tte Cel Caetano, apesar de filho de português, parecia ter bastante de caboclo e de par com qualidades que o tornavam respeitado e considerado, era dado a infidelidades para com a casta esposa que lhe reclamava tais desvios com evangélica resignação. Esta pertencia a uma família de Sorocaba, onde residia. Lá ou aqui (não sei onde) encontraram-se. O Cel Caetano enamorou-se dela, pediu-a em casamento e casaram-se. Lá conheci seu irmão, João Antunes, e uma irmã, a mãe de Manoel Prateado, que aqui residiu bastante tempo.
Possuía aqui o Cel Caetano, umas quatro vastas fazendas: A do Cancan, próxima a esta Villa, a do Piranguinho, a das "Figueiras" e a "Fazendinha", esta à margem direita do Sapucaí, a qual deu origem ao Major Francisco Pereira. Não podia, portanto, deixar de voltar, como veio residir aqui. Tinha ele um exército de agregados, que nenhum outro interesse lhe davam a não ser o voto nas eleições. E como todo o indivíduo fosse votante, soubesse ou não ler, uma vez alegando-se ganhar, por um ano, mais de duzentos mil réis, para o que era bastante calcular o jornal, a diária de $700,00 por dia, tinha ele uma avalanche de votantes para ser o mais influente político. E o era efetivamente. Em 1842 comandou, com garbo, um regimento ou brigada das forças legais que equipou e houve-se com tal tino e precisão que o historiador teve de fazer-lhe honrosa menção. Tinha grande alma e coração magnânimo. Não sabia recusar-se aos que, ricos ou pobres, o procuravam. Daí o seu prestígio. Foi, como poderá ser visto livros das atas, vereador de primeira corporação eleita em Itajubá.
Depois disso foi sempre eleito e reeleito 1o Juiz de Paz de Vargem Grande, cargo que gostava de desempenhar por ser-lhe fácil acomodar as partes, e também como garantia do prestígio conquistado, pois que como presidente de júri nas qualificações de votante e mesas de eleições ficava livre de surpresas.
Desde 1856 começou a trabalhar em eleições, como conservador intransigente que era. Neste ano formara-se um partido denominado de conciliação ao, ao qual se filiou o Tte Cel Caetano, desgostoso com os companheiros antigos pela dureza com que se houveram para com um filho acusado de ter mandado assassinar José Ribeiro Tavares, que era cunhado. Só, o acompanharam aqueles que lhe eram imediatamente dependentes. O grosso do partido fez-lhe tenaz oposição, inclusivamente o vosso avô, Cel Francisco dos Santos, e todos os meus parentes. Apesar de não ser votante, eu fazia prodígios de oposição em face de minha idade.
Em 1857 casou-se o vosso tio Neco com uma filha do Cap. Francisco dos Santos, e tendo este, antes de falecer, em fins de 1857, se não me engano, sugerindo o casamento de outra filha, vossa mãe, comigo, resultando o nosso casamento em 1859, sem embargo do ressentimento do Tte Cel Caetano, tutor de vossa mãe, para comigo, devido a dissenções políticas.
Morava vossa mãe com Dna Gertrudes e esta na Fazenda das Figueiras, onde raramente ia o Tte Cel Caetano, em simples visita que não duravam horas. Não sabia ler a Dna Gertrudes. Era das que entendiam que a cultura não era condição primordial para felicidade de uma moça, e trazia exemplos de namoros e desvios amorosos em abono de seu modo de ver. Deus não a culpe por isso, tanto mais que transmitiu a vossa mãe os mais salutares ensinamentos que muito lhes serviram.
Em 1863 o Tte Cel Caetano, como homem de energia, foi nomeado delegado de polícia de Itajubá para presidir a eleição que então tinha lugar em conseqüência da dissolução da Câmara dos Deputados, que era conservadora em sua maioria. Para justificação da prisão em massa dos votantes, foram todos que não eram guardas nacionais, notificados para prestarem serviços como policiais. O ardil era este: ou se apresentam e sejam retidos até que passe a eleição sem votarem, ou comparecem para votar e antes de o fazerem, serem presos convencionalmente, como desobedientes. Como era natural, os conservadores acharam arbitrária tal intimação; aconselharam a todos os votantes que lhes eram solidários e fiéis correligionários, que não obedecessem e viessem votar.
O mesmo se deu em Vargem Grande. Escoltas foram postadas nas entradas das duas povoações. Em itajubá os conservadores reuniram todos os votantes na Fazenda Rennó e dali vieram incorporados e romperam o piquete que estava estacionado na ponte e entraram triunfalmente na cidade (então Villa) e aí se aquartelaram na casa do sub-chefe Major Francisco José Pereira. Os liberais, por sua vez, se aquartelaram na casa fronteira da praça, então do mercado, do Major Frade, com intento de impedirem que os conservadores se dirigissem à Igreja, local segundo a lei até então . Dificilmente os mais prudentes puderam impedir os mais conservadores mais exaltados, os quais queriam forçar a passagem.
Deliberaram por fim realizar a eleição no próprio quartel, como fizeram. O delegado, então qualificando o movimento dos conservadores como sedição, mandou prender e recolher à prisão treze dos mais influentes: Cel Rennó, Major Francisco Pareira, Padre Antonio Caetno Ribeiro, Cândido Rennó, Joaquim dos Santos, Dr. Américo, Tte Cardoso, Cap. José dos Santos, etc, etc.Ciente o governo de tais ocorrências, mandou ele o Dr. Quintilhano José da Silva, chefe de polícia, à Igreja de Itajubá para apurar as responsabilidades. Enfronhado dos fatos mandou soltar os presos. Dois bailes então foram oferecidos ao Dr. Quintilhano, um pelos conservadores, em agradecimento da soltura, e outro pelos liberais, para não ficarem atrás. Em 1866, com a idade de 80 anos, mas no gozo de todas suas faculdades, faleceu o Tte Cel Caetano. Se não me engano houve a coincidência de falecer ele na mesma data em que nasceu: 24 de agosto.
Quanto ao vosso avô, Cap. Francisco Manoel dos Santos, homem probo, em toda a extensão da palavra, bem pouco há que dizer, porque refratário a cargos públicos, jamais aceitou algum, fosse de nomeação, fosse de eleição. Limitava-se a custear a bela fazenda dos Mouras, a qual tinha então os atrativos que não têm hoje, passando temporada na Vila Nova, em sua casa, a que é hoje de Abel dos Santos, uma das melhores de então. Amigo de instrução encarreirou vosso tio, Dr. José Pereira dos Santos, nos estudos de direto, pouco ou nada conseguindo de seu filho Antonio, que nenhuma importância dava aos estudos. Vossa avó, Dona. Anna, faleceu em / / deixando vossa mãe em tenra idade.

(daqui por diante está em borrão)

Quanto aos vossos antepassados por parte paterna tenho a informar-vos com a máxima isenção e imparcialidade o seguinte: Nascido o meu saudoso pai, no município de Pouso Alto e criado no Bairro de São João, para onde transferiu residência meu avô e vosso bisavô, Antonio José Gomes, jamais soube por boca de meu saudoso pai, como se chamavam meus avós, e de onde provinham. Por alguns membros da numerosa e respeitosa família Ribeiro, com quem tenho mantido relações, como o Cel Joaquim Ribeiro de Santa Rita, fui informado de que aquele meu avô Antonio José Gomes, residia no município de Pouso Alto, onde se casara com uma parente deles, Ribeiro. Ainda assim não aguçou minha curiosidade de indagar de meu saudoso pai qual a sua genealogia.
Uma preta de estimação de meus avós, que por isso mesmo fora liberta, por morte dos velhos pais, veio para companhia de meus pais para conviver com o mulato Bernardo a quem criara, o qual mulato coubera em partilha a meu pai. Esse mulato gozava de estimação, era o feitor de meu pai e dizem que seu sobrinho, filho natural de meu tio Antonio Gomes.
Lembro-me de ouvir daquela preta na minha meninice, constantes referências a fatos acontecidos no lugar em que primitivamente residiu meu avô, Bairro do Maranhão de Pouso Alto. Bem tardiamente, depois de falecido meu saudoso pai, um dia interroguei ao mulato Bernardo: Diga-me você que foi criado com tia Rita (assim tratávamos a estimada preta) você que certamente ouviu dela, tim tim por tim tim, o que ela sabia a respeito de meus avós, origem, residência, etc.etc., que é que sabe a respeito?
"Seu avô, pai do defunto senhor, - me respondeu ele, era português e muito inclinado ao trabalho da lavoura, casou-se aos 18 anos de idade, no Córrego dos Bugres, hoje pertencente à Virgínia, perto do sítio que foi de José Joaquim Pires, com Dona Flausina Maria de Jesus, natural de Pouso Alto, filha legítima de Vicente Rodrigues, brasileiro de cor branca, o qual tinha um irmão que cheguei a conhecer, chamado João Rodrigues, e que morava também no Bairro do Maranhão, córrego dos Bugres, hoje Virgínia. Daí o senhor velho mudou-se para São João, onde criou a família, que era numerosa. Os seus filhos homens eram: Antonio José Gomes, um tanto extravagante (disso vindo, tido e havido por meu pai), Francisco José Gomes e o defunto Senhor Manoel José Pereira Gomes; filhas: Anna, casada com Pedro Veloso, Claudina, casada com o Tte Joaquim Pereira Dias, também vosso tio, Thereza, casada com Francisco José Tavares, que não teve filhos, e Mariana, casada com Aleixo José Fernandes. Não sei que representação teve esse meu avô Antonio Gomes, só sei que foi proprietário da fazenda de São João, onde moram os Gomes e parentes, e deixou escravos que foram repartidos por sua morte.
Quanto ao vosso avô, o meu saudoso pai, Cap. Manoel José Pereira Gomes, sou forçado a bem da justiça, a ofender a modéstia afirmando que não saberei elevar tanto quanto merecem suas qualidades de probidade exemplar, dedicação ao trabalho, moralidade irredutível, índole tolerante e espírito progressista, se bem que comedido. Para comprovar a sua probidade, tolerância, aversão à desinteligências e ausência de ambições, bastará relatar num fato que se deu:
Devia ele ao Cap. Joaquim Machado de Abreu 4:500$000. Medroso de dívidas e nada esperando da safra daquele ano, rescreveu ao mesmo pedindo que viesse receber em pagamento alguns escravos, pois queria saldar o débito. Vindo o Cap. Joaquim Machado de Abreu à sua casa, apresentou-lhe uma família de pretos, o casal já idoso, Antonio e Maria, e cinco filhos, Cosme, Laurião e outro já adulto e duas filhas menores. São estes, disse, os escravos que pretendo vender para seu pagamento. Quanto acha que valem? Não necessito de escravos, respondeu-lhe o Cap. Joaquim Machado e assim sendo, só para auxiliar-lhe eu me proponho a dar-lhe por todos 4:000$000, mas para vender e tudo quanto derem acima desta quantia lhe pertencerá. Levá-los-ei comigo e o meu amigo me firmará uma obrigação dos 500$000 restantes passando-me uma procuração para vendê-los e dar escritura.
Acho pouco, pouco, disse meu pai, mas confiado em sua palavra de restituir-me o que obtiver a mais na venda, me proponho em dar-lhe o que exige. Perfeitamente, concluiu o Cap. Joaquim Machado. Efetivamente firmou meu pai a obrigação e deu a procuração.
Não sei dizer se esse compromisso do Cap. Machado foi escrito, mas o certo é que os seus herdeiros foram inteirados dele, certamente por alguma nota tomada pelo Cap. Machado, como se verá em seguida. Ficando com os escravos, o Cap. Machado conservou-os toda a sua vida, não tratando de vendê-los.
Quando faleceu o Cap. Machado, cinco desses escravos robustos e fortes, fora o casal velho, valiam por baratos dez contos de réis (10.000$000). Falecendo o Cap. Machado, um dos herdeiros do mesmo, Joaquim Neto, veio tratar da cobrança dos quinhentos mil réis e prêmios.
Portanto, primeiramente em minha casa, disse-me o fim a que vinha e me indagando dos pormenores do negócio, dos quais até então ignorava, relatou-me o trato e natureza da transação havida, tal qual como acima está exposta, certo de que meu pai era obrigado a pagar. – Sr. Joaquim Neto, disse-lhe eu, o seu negócio está complicado e meu pai tem o direito de reaver os escravos, que hoje valem o triplo, pagando a dívida toda a dinheiro. Mas ele é incapaz de proceder assim, devido à sua índole pacífica e justiceira. Certamente ele nada decidirá sem vir cá e aqui melhor combinaremos sobre a maneira de liquidarmos esse negócio.
Lá foi ele e veio com meu saudoso pai. Expus a este, em particular, a situação jurídica do negócio: o Sr. Fez uma transação em boa fé, e em boa fé poderia sofrer apreciável prejuízo se os escravos tivessem morrido. Quem garante ao Sr. Que os herdeiros de Joaquim Machado deixarão de cobrar-lhe toda a dívida antiga, dado o caso da morte dos escravos? Não é de mais razoável supor que dada a tal hipótese, eles se aconselhassem com advogados e tratassem de seus direitos, ou pelo menos, sustentar uma renhida demanda, ao passo que juridicamente os escravos são seus, valem o triplo dos 4:500,000, não se falando em juros, que serão compensados pelos serviços dos escravos. É esta a situação do seu negócio, agora o senhora fará o que entender.
- Olha, retorquiu-me ele, bem sabes que não gosto de questão. Se eles me entregarem a obrigação dos 500$000, darei a escritura dos escravos, e não importarei com o mais, que valem, visto que não contava mais com isto. Fui intermediário dessa proposta e o Sr. Joaquim Neto não quis decidir desde logo sem consultar os herdeiros. Consultando a estes, acordaram todos em consultar o Conselheiro Joaquim Delfino, a quem expuseram fielmente os fatos ocorridos. Sei que o Conselheiro Joaquim Delfino, que por natrureza era pessimista sobre a psicologia da sociedade de então, como grande crítico, dissera. – "Graças a Deus ainda há homens que sobrenadam e se conservam incorruptíveis sobre a lama social. O Cap. Gomes é um deles. Há outros que têm o dever de ser ativos e instruídos, porque a sua posição pecuniária e a defesa de seus interesses, os força a raciocinar, deixam-se ficar na ignorância. Os sucessores de Joaquim Machado pertencem ao número destes. – Sabem o que vai acontecer?, continuou o Conselheiro, ou o Cap. Gomes durante a trégua que os senhores lhe deram, delibere não desistir de seus inquestionáveis direitos de reaver os seus escravos, ingênua ou abusivamente retidos pelo Cap. Joaquim Machado, procedimento que eu teria em seu lugar, ou o Cap. Gomes mantendo o propósito de dar a escritura depois de dias de melhor reflexão, dará prova cabal de ser o único homem que, de possi de seu juízo, praticará um ato que se pode dizer de prodigalidade".
Pois meu pai manteve a prodigalidade e deu a escritura. Era assim. Nada faria que pudesse perturbar a sua tranqüilidade. Exerceu sempre cargo de nomeação e eleição popular. Foi como se poderá verificar nos cartórios e secretaria da Câmara de Itajubá, suplente do juiz municipal, delegado de polícia, vereador e presidente da Câmara Municipal, e contribuiu como um dos maiores subscritores, para a aquisição do prédio indispensável à instalação da Câmara Municipal e Forum dessa cidade.
Quando entrou em execução a lei gradual de libertação dos escravos pelo fundo de emancipação, ciente que era intenção sua libertar o Bernardo, entendi dever sugerir-lhe o alvitre de antecipar a liberdade por meio deste fundo, pois que o escravo Bernardo era casado com mulher livre, o que pela lei dava direito a concorrer ao fundo de emancipação. Evitaria assim que algum outro tomasse a precedência.
Meu pai hesitou, não porque se opusesse à libertação, mas porque em consciência considerava livre esse escravo. Que mal fez, porém, o senhor receber uma quantia por ele?, disse-lhe eu. Acedeu afinal, e o Bernardo foi o primeiro liberto em Itajubá. E para que o Bernardo não ajuizasse que só a esse devia a liberdade, fez-lhe sentir que a sua liberdade já era por causa liberada e que aquilo era apenas uma formalidade.
A nossa matriz atual, de construção dispendiosa para as forças dos habitantes de Vargem Grande, dessa época, achava-se esboçada apenas. As obras estavam interrompidas e na eminência de se perderem, caso não tivessem andamento. O telhado, por mais de uma vez, devido à elevação do ponto, havia corrido. Foi uma Delenga-Catharga a conclusão. Ele mesmo, em pessoa, subiu no telhado para colaborar com os operários, arriscando a vida. Mediante os seus esforços, conseguiu recursos para resguardar a obra de um desabamento. Não chegou a conclusão suas.
Dando-vos a conhecer agora os vossos antepassados por parte da vossa avó Flausina Maria de Jesus, minha saudosa e adorada mãe, passo a fazer, em breves traços, o retrato dela: cândida, amorosa em extremo para com os filhos, era uma exemplar mãe de família, pois que sua candidez e tolerância para com os filhos não chegava ao ponto de aprovar, antes pelo contrário, quaisquer desvios dos filhos. Disse-me um contemporâneo: "- Conheci vossa mãe quando solteira, via-a sempre que ia às missas, que eram então ditas na Lage. Era a moça mais bonita que aí aparecia. Vosso pai, que morava em São João, foi o mais feliz dos pretendentes a sua mão."
Não sabia escrever, mais lia regularmente letra de forma. Não poucas vezes, solicitada por nós, os pequenos, sempre desejosos que se contem histórias, relatou com minuciosidade digna de nota, toda a História Sagrada, dando-lhe uma forma muito sua, de prender-nos a atenção. Ou porque a História Sacra lhe oferecesse maior cópia de subsídios para nos entreter por bastante tempo sem dar tratos à memória, ou porque fosse seu fito incutir na nossa imaginação e nos nossos corações infantis, a genealogia e vida de Christo, raramente nos divertia com outros contos.
- Onde a senhora aprendeu tudo isso?, perguntei-lhe um dia. Na História Sagrada,, um grande livro que meu pai e seu avô lia para nós em todos os domingos da quaresma e em toda a semana santa. – Pois quando eu crescer e souber ler, tornei eu, hei de ler esse livro. E aconteceu que estando já em idade escolar, meus quatro irmãos mais velhos e meu pai abriram em casa uma escola de primeiras letras, sendo ele o professor.
Tinha eu, então, seis anos incompletos, era fisicamente pouco desenvolvido e por isso mesmo não fui considerado apto para freqüentar a escola. Desconsolado, eu não arredava da sala escolar durante as lições. Intrigados pela minha permanência, no fim do primeiro mês de escola, perguntou-me se eu também queria aprender.
Quero sim, respondi prontamente. Foi-me posto desde logo um ABC. Manuscrito nas mãos e dados as primeiras lições, principiando primeiramente pelas vogais como então se usava, do ABC para o b a bá, depois ao b-l-a – bla e assim sucessivamente pelas escalas das sílabas até b-r-a-n-s brans, depois pelas cartas de nomes, sendo logo encartada sua escrita, principiando por cobrir os debuchos.
Logo que conheci o modo de escrever as sílabas, pus-me a matutar numa coisa que pareceu estranhavel: cada letra tinha um nome e para escrever tais nomes como f-l-h-j-s-x-y, etc, necessário era empregar-se mais de uma letra, pois que então se chamavam elas: éfe, agá, jóta, ésse, xis, ipissilone, etc, etc. E pondo em prática o sistema da denominação das letras fiz um abecedário em longo, isto é, há, bê, cê, dê, hê, éfe, gê, hagá, hi, jóta, ká, éle, eme, ene, ho, pê, quê, érre, ésse, tê, hu, vê, xis, ípissilone, zê. Tendo feito isto, que ficou sobre a mesa, fui brincar sem mais pensar em tal ninharia.
Estava ainda no brinquedo quando reunidos os meus companheiros para o estudo, notei que havia na escola um inquérito e fui chamado a depor.
Quem escreveu isto aqui? Perguntou-me o mestre.
Fui eu, sim senhor, respondi a tremer.
Nada receies, retorquiu meu pai, pensaste e fizeste uma coisa que eu nunca pensei, e como prêmio hás de ler para o estudo.
Desde então o meu sonho era estudar. Mas o meu saudoso pai, quando eu lhe disse aos quinze anos de idade, que já tinha comprado os livros preparatórios: Magnum, Lexicom, Sellectas, Virgilio, Ovidio, etc., restando só a ordem de seguir para São Paulo, com lágrimas nos olhos, respondeu-me que de fato era a sua intenção mas que os seus recursos não eram abundantes e eu tinha treze irmãos para serem tratados.
Conformei-me arrependido de ter posto a prova a sensibilidade de meu adorado pai e procurando nas horas vagas do balcão, exercitar-me na leitura, com o recurso do dicionário, sem jamais cogitar de gramática com a qual nunca pude me familiarizar, consegui, a custo, ler e entender aquilo que era e é escrito em linguagem vulgar. Devo confessar que farei fiasco se me perguntarem o que é verbo, conjugação, particípio, etc.
Tirei grande proveito decorando todo o pequeno tratado "Modo facílimo de aprender a ler", de E. A. Monteverde, e especialmente as máximas, sentenças, pensamentos e anexins que ele contém de onde tenho tirado valiosos subsídios e econômicos conselhos filosóficos, que bastante me teu servido na carreira da vida.
Dizendo ainda algo sobre o vosso avô e meu saudoso pai, acrescentarei que depois de um longo ciclo em que serviu na sede do município como suplente do juiz municipal por mais de um quadriênio, delegado de polícia e vereador, foi contemplado, bem a contra gosto, na chapa de juiz de paz em seu distrito. Findo o quadriênio foi reeleito, mas a força como uma necessidade do partido a que pertencia, para olvidar descontentamentos de amigos que poderiam melindrar-se por preterições de seus nomes.
Por parte de vossa avó, Flauzina Maria de Jesus, tendes por bisavô o Alferes Antônio Dias Pereira, e por bisavó a Dna. Rita Mendes da Silva. Sei que vosso bisavô era filho de José Dias Pereira e neto de Antônio Dias Braga, natural de Braga, Portugal, que casou-se em Baependi, com Dna. Helena Pereira Goulart. Não conheci aqueles, mas conheci a meu avô Antônio Dias Pereira, de estatura mediana, claro e sangüíneo, enérgico por temperamento, que não tendo alisado os bancos acadêmicos, sabendo apenas ler e escrever, esforçava-se por instruir-se lendo os jornais que assinava. De quando em quando, aos domingos, meu pai com a família o visitava e se compraziam ambos durante o jantar a comentar os acontecimentos e a política da época, comentários estes de que não entendia patavina.
Uma vez levei a esse meu avô um recado de minha mãe e ao transmiti-lo esqueci-me da ................ dele. Tentei lembrar-me mas não pude. Cansado de esperar, voltou ele risonho e amável para min e me disse: Visto tendes esquecido do recado, dizei à mamãe que de outra vez, quando me mandar recado, me escreva ou mande-o por outra pessoa maior do que você, ou menos esquecida, sim? Fez-me na face uma festinha para me consolar e eu voltei para casa indignado de mim próprio.
Não me lembro do modo como me justifiquei para com minha mãe. Sei que esse vosso bisavô residia em Baependy com a minha avó Dna Rita Mendes da Silva e tendo já diversos filhos deliberou mudar-se para aqui, onde comprou a fazenda que ora constitui o Bairro do Dias, compreendendo toda bacia que lhe é anexa do Córrego dos Maias, hoje pertencente à família Marcelino Borges, contendo mil alqueires , tudo por 900$000 (novecentos mil réis).
Vindo tomar posse da propriedade encontrou nas cabeceiras do ribeirão principal um morador que se dizia dono da apreciável área, adquirida por posse mansa e pacífica, alegava ele.
Meu avô, diante da perspectiva de uma demanda, fez sentir que era o legítimo dono, por título legal, mas não duvidava dar alguma causa amigavelmente para evitar demanda. O intruso cedeu, desocupando o lugar, recebendo um cavalo.
Transferiu sua residência com a família, mas no meio de um sertão só, não afeito ao isolamento, tratou de vender a metade só pela vantagem de ter um vizinho. Fez essa venda por 900$000 e os novos vizinhos, não se acostumando com o lugar, venderam a um Ticão Maia, cuja família dera o nome de Maias ao lugar que é hoje Varginha. Pelos anos de 1930 mais ou menos, não havia povoação por perto. O lugar onde se edificou a povoação de Vargem Grande era um espesso pinheiral, que a tradição diz, fora todo arrasado por um formidável furacão
Os enterramentos eram feitos em um local que ficou com o nome de cemitério, no espigão que fica o cavaleiro da atual Estação Férrea Dias. As missas eram rezadas pelo Padre Atanásio José Rodrigues, que depois foi vigário de Vargem Grande, na Fazendo da Lage, assim chamado pela situação junto da pedra assim chamada, lendária e célebre por dois sulcos ainda existentes, com a forma de pés humanos. Esses sulcos, hoje quem ali passa não os vê, por estarem enterrados com a obstrução propositalmente feita para funcionamento de um monjolo. Poderão, porém, ser vistos por quem se der ao trabalho de fazer a desobstrução.
Gostava a vossa bisavó de freqüentar os povoados e por isso mesmo ao se fundar a povoação que hoje é a cidade de Itajubá, construiu uma pequena casa ou comprou, situada na Rua Direita, hoje Cel Rennó, a mesma em que residiu o Cel Joaquim Francisco, o qual aumentou-a, e a mesma em que reside hoje o nosso parente Joaquim Dias.
Sempre na brecha e identificado com o progresso de sua terra, influiu ou contribuiu para a elevação do lugar à sede de distrito e freguesia, sob o título de Freguesia Nova de Itajubá, e em 1848, para a sua elevação à categoria de Vila Nova de Nossa Senhora de Soledade de Itajubá, subscrevendo igualmente com os que mais subscreveram para a compra da Cadeia e da Casa de Júri.
Como um dos processos da cruzada de criação, foi ele nomeado suplente do Juiz Municipal, lugar dos mais considerados. Por ocasião da instalação dos municípios foi um dos primeiros, senão o único a tomar posse do cargo, e como tal, teve que criar, abrir e conservar os livros de notas, etc. etc., o que pode ser evidenciado nos arquivos. Pelos mesmos arquivos se verá que serviu primeiramente de escrivão do primeiro e único ofício, o Cel Ignácio Gomes de Oliveira Valadão, depois Constantino José de Melo e, se bem me lembro, Luiz Rodrigues de Miranda. Depois daqueles, Lourenço Gomes Nogueira foi o primeiro oficial de justiça e porteiro.
Portanto, por alguns anos os seus serviços, e tendo filhos e genros que pudessem substituí-lo, meu avô desprendeu-se dos cargos públicos para ocupar-se exclusivamente dos seus interesses de fazendeiro. Em 1857, vitimado por uma moléstia dos rins, que lhe produziu uremia, rendeu alma ao Criador, rodeado de seus numerosos filhos.
Aí tendes o que foram os vossos maiores. Graças a Deus não tendes de vos envergonhar de terdes por ascendente algum de má nota, antes pelo contrário.
Tinha a intenção de formar uma árvore genealógica partindo do tronco e terminando em vossos filhos. Tenho-a apenas esboçada e, se Deus me der ainda alguma vida, concluí-la-ei mandando imprimí-la,
Acompanha esta tosca memória uma cópia do "croquis" dessa árvore que, como esta, não deixa de encerrar já algum interesse.

Cel Francisco Braz

FRASE DO DIA

Post do Roberto Lamoglia.

"Falar com alguma sinceridade é perigoso. Falar com muita sinceridade é fatal. "

Oscar Wilde.


E PÕE BALA NISSO

Disse o Ethevaldo Siqueira no Estadão, sobre o trem -bala americano:

" Os Estados Unidos, país que se atrasou muito nessa área, pretendem recuperar esse gap até 2025, com algo muito ambicioso: um trem quase de ficção, chamado VacTrain, que flutua sobre trilhos magnéticos e corre dentro de um túnel de vácuo especial.
O VacTrain, segundo seus projetistas, quando começar a funcionar comercialmente, entre 2025 e 2030, poderá alcançar 6.400 km/hora. Ele foi concebido por Robert Salter, um projetista da Rand Corporation, em 1972. Com essa velocidade, ele poderá fazer o trecho Nova York-São Francisco em apenas 41 minutos. No Brasil, um trecho equivalente, entre Belém-Porto Alegre seria percorrido em apenas 40 minutos."

Ethevaldo Siqueira

É DISCO QUE EU GOSTO



CRAZY

Com o velho e insuperável Willie Nelson. Sempre na primeira fila da discoteca do zelador.
Willie compôs a canção no início de 1961, quando interpretava diversos sucessos de outros artistas, porém ainda não tinha feito uma gravação própria importante. 
Ele escreveu a canção originalmente para o cantor Billy Walker, que a recusou.  A já estrela, Patsy Cline, a aceitou, e a gravou no final de 1961. Foi sucesso imediato. É uma das marcas registradas da cantora. A versão de Cline da música está no número 85 na lista da Billboard das 500 Maiores Canções de Todos os Tempos.

Ouça também a maravilha com a Patsy Cline. Please: Sem comparações. 



ER

PHOTOGRAPHIA NA PAREDE


Oficial no Point Lookout, Tennessee, 1861-1865. (Liljenquist Family Collection/The Library of Congress)

JÁ SABIA

quinta-feira, 28 de abril de 2011

É DISCO QUE EU GOSTO



I AM SAILING

Rod Steward.

Só.

ER

SOB A LUZ DE VELAS



"Sarney é a vanguarda do atraso."

Fernando Lyra

UM BARCO A VAGAR

Dora Kramer analisando o descompasso tucano.

"Voz isolada no apelo público à solução da crise interna que assola a seção paulista do PSDB, em meio ao silêncio sepulcral das principais lideranças do partido, Fernando Henrique Cardoso ouviu dias atrás de um experiente político - hoje com atuação restrita aos bastidores - uma pergunta que traduz bem a dimensão das agruras dos tucanos.
O tema principal da conversa era a natimorta ideia de fusão entre PSDB e DEM, e a certa altura enveredou pelo recente e polêmico artigo de FH sobre o papel da oposição. O interlocutor perguntou quem poderia executar a receita proposta por ele.
Enunciou da seguinte forma o problema: "Serra é inteligente, preparado, mas desagregador; Aécio é habilidoso, mas imaturo e desprovido de espírito público como demonstrou na fracassada tentativa de formação de uma chapa presidencial puro-sangue; Alckmin não tem o talento nem a inteligência de nenhum dos dois. Quem, então, seria o condutor da recuperação do projeto desse campo político, o senhor?".
Aludindo aos seus 81 anos de idade e a interesses pessoais mais ligados à reflexão que à estiva da política, o ex-presidente declinou. E aqui termina a narrativa de quem ouviu o episódio do autor da análise sem revelar se Fernando Henrique discordou e apontou um dos três como piloto habilitado à tarefa ou se deixou em aberto essa questão essencial.
Tão mais grave se notarmos que o presidente do partido, Sérgio Guerra, sequer figurava na lista dos políticos citados. Isso diz muito a respeito da ausência de comando reinante num partido que há seis meses obteve 44 milhões de votos na eleição presidencial da qual saiu fazendo exatamente o oposto do que propôs Tancredo Neves logo após ser eleito presidente pelo Congresso em 1985: "Não vamos nos dispersar".
Ao contrário do que os tucanos pretendem dar a entender, a crise em São Paulo não é um fato isolado, mas a parte visível do desequilíbrio geral reinante no PSDB.
Só um partido sem projeto claro permite que brigas de hegemonia prosperem sem que os litigantes se sintam minimamente responsáveis pela sobrevivência do conjunto. Só num partido sem eixo a direção nacional silencia ante a crise nascida em São Paulo com ninguém menos que o governador ao centro.
O PSDB hoje gravita em torno da possível candidatura presidencial de Aécio Neves em 2014, assim como gravitou em torno da esperança de eleger José Serra presidente, durante todo o governo Lula.
Durante os oito anos permaneceu parado adiando a resolução de embates, administrando os problemas de maneira perfunctória, recuando quando era preciso avançar, acreditando que a lei da gravidade lhe seria madrinha.
O PT repetiu equívocos por mais de dez anos, mas nesse meio tempo foi trabalhando adaptações, construindo uma identidade que seria decisiva na conquista da Presidência.
A disputa eleitoral é a meta de todos os partidos. Mas só chegam lá em boas condições os que compreendem que a política é a construção cotidiana de uma obra coletiva que acomode os interesses internos sem perder de vista a necessidade de despertar o interesse do público.
Razão e sensibilidade. O projeto de concessão dos aeroportos à iniciativa privada contraria o discurso estatizante do PT, põe o partido em franca contradição com tudo o que foi dito durante a última campanha eleitoral e vai de encontro ao pensamento da presidente Dilma Rousseff que, como chefe da Casa Civil, representou poderoso entrave à execução da proposta.
E por que o projeto anda agora, depois de oito anos no aguardo de uma decisão?
Porque é chegada a hora de conquistar eleitoralmente a classe média, público alvo da privatização com vistas à melhoria dos serviços no setor aéreo."

Dora Kramer



VERDADE REVELADA

Dizem alguns mal informados, que as moças mais belas do planeta são as russas. Outros falam das suecas. Em termos de Brasil, reverenciam as magrelas de Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Negativo. Tirando Brazópolis, que não deixa espaço para nenhuma comparação, ninguém tira a posição de Dom Viçoso, terrinha das moças bonitas da Rua Carlos Goulart.

ER

UM PETISTA DE MUITO RESPEITO

Escreveu Reinaldo Azevedo

"...E isso faz de Delúbio um petista de muito respeito!


Delúbio agüentou praticamente sozinho o peso do maior escândalo da história republicana: a tentativa de organizada de membros do Poder Executivo de comprar uma fatia do Poder Legislativo com dinheiro sujo — o mesmo que, comprovada e confessadamente, pagou parte das despesas da campanha eleitoral de Lula em 2002.
Ele também está voltando ao partido, ninguém esconde, porque foi extremamente disciplinado. Agüentou calado o enxovalho. Aceitou atuar como pára-raios. Jamais abriu o bico. Foi um militante exemplar. Na tradição de esquerda, sujar as mãos em defesa da causa é um mérito. Se eles acreditassem em vida após a morte, 70 virgens os esperariam no paraíso, onde correm rios de leite e mel. "

Trecho de Reinaldo Azevedo

ELES CONTINUAM CHEGANDO

A Chery anunciou na manhã de hoje (28) que o Chery QQ chega às concessionárias na segunda-feira ao preço de R$ 22.990.
O carro mais barato do Brasil tem air-bag duplo, direção hidráulica, vidros, espelhos e travas elétricas, ar-condicionado, alarme, sensor de ré com aviso sonoro e rádio com CD-player, MP3 e entrada USB.
Motor 1.1 - versão gasolina (flex só no ano que vem)
A Chery oferece garantia de fábrica de três anos e preços fixos em suas revisões programadas, que vão de R$ 99 a R$ 199. 
Esperam vender 12 mil carros até o final do ano.

Lotarão as amplas e arborizadas avenidas da terrinha.

ER



SEM LUZ NO FINAL DO TUNEL

Deu no Estadão:

Esconder prá quê ?

Parte do túnel Cuncas I, que integra as obras da transposição do Rio São Francisco, desabou. O túnel foi uma das últimas obras visitadas pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Nordeste antes de sair da Presidência da República. O acidente ocorreu na última quinta-feira, 21, mas só foi revelado agora.
Com 15 quilômetros de extensão, o túnel liga os municípios de Mauriti (CE) e São José de Piranhas (PB). De acordo com operários que trabalham no local, parte do teto ruiu. Os construtores tentavam abafar o caso e, segundo o jornalista Alex Gonçalves, do Radar Sertanejo, fiscais não permitiram a entrada de jornalistas no local.

ER

INVASÃO SILENCIOSA

Agora é tarde para reclamar. Recomendo sentar na beira da calçada, e como dizia o Nelson Rodrigues, chorar lágrimas de esguicho.
Todos sabem que Itajubá, nos tempos  em que tinha juízo, foi dona de Cristina, Maria da Fé, Pedralva, São José do Alegre, Santa Rita do Sapucai, Cachoeiras, Paaraizópolis, Brazopólis, Piranguinho, Piranguçu, Wenceslau Braz e não sei mais onde. Ficamos só com esse tiquinho de nada.
Mas isso não é tudo.
A questão não ficou somente na conquista de terreno. Invadiram nossas mentes e parte dos corações. Reparem a tropa que nos invadiu, avançando pelos lados de Pouso Alto, Passa Quatro, Virgínia, Dom Viçoso e outros: Dr. Aldo, Rodrigo Marques, Prof. Paulo Cesar Guimarães, Rogério Vilela, As moças bonitas da Rua Carlos Goulart e tantos outros.(alguns passaram direto, como o Zé Dirceu).
Atentem: Dominam setores estratégicos, como saúde, educação e pasmem, a mídia. Alimentação está na mão do Cesário e Wanderlei (Maria de Fé e Passa Quatro)
Acham pouco ? Você conhece algum grande empresário que não veio de Cristina ? Todos os libaneses e inclusive o empresário, político e homem de comunicações, Tião Riera.
Mais recentemente, o atual prefeito foi buscar os seus melhores quadros em Maria da Fé. Alguns dos poucos homens (mulheres) de sua confiança e com raízes aqui na terrinha, já deixaram de sê-lo.
Não duvido nada que todos eles cultivam entre si, fortes laços de amizade, comungando também grandes interesses.
Gente: aqui na terrinha nós já somos visita. Não demora e exigirão passaporte dos itajubenses.
Cuidado, esse ao seu lado, neste momento, pode ser um ocupante.
Acabei de descobrir que o Dalton (Marajó Ferragens) é de Soledade.
Talvez a saída seja aderir.

Hino nacional da região dos invasores: Beijinho Doce. Quando toca, a choradeira é geral.


ER 

CUIDADO ANONYMOUS

 "Quando você se arrisca e diz exatamente toda a verdade, não escondendo nada do que sabe, ganha a fama de extraordinariamente honesto, mas também a de extraordinariamente estúpido."

Millor

SEGURA ESSA QUE VOU BUSCAR MAIS

- Ô cumpadre, belo trabalho do Rodrigo Marques trazendo a fábrica da Siemens para Itajubá.

- Esse menino já tá merecendo a Medalha Didi Pereira.

- Será que ele vai trazer mais ?

- Ele disse que tem mais umas duas grandes na marca do penalti para vir. É só o pessoal da Associação e da Prefeitura não atrapalhá. 

- Esse é dos nossos,

ER

PHOTOGRAPHIA NA PAREDE

MARIA LOCA - O RETORNO


Blog de Lucia Hippolito

Um dia, o dr. Ulysses me disse: “Minha filha, tenho medo físico do Requião. Ele é um energúmeno. Cuidado com ele.”
Energúmeno: S.m. Endemoniado, possesso, violento, fanático. Poderíamos acrescentar grosseiro, truculento e mal-educado.
Nunca mais esqueci da frase. Nunca mais esqueci do conselho
Todos os que me honram com sua participação neste blog, todos os que me acompanham de alguma forma, todos os que leram o meu primeiro livro, minha tese em ciência política, sobre o PSD e a Ala Moça, sabem da minha ligação com o dr. Ulysses, que me chamava de “minha filha”.
Meu amigo, um dos meu mentores políticos, junto com Amaral, Tancredo e Renato Archer, o Dr. Ulysses me guiou em Brasília, e ficávamos tão grudados que o Moreno chegou a sentir ciúmes. Vocês conhecem o ciúme do Moreno, não é?
Essa conversa com o dr. Ulysses aconteceu há muito tempo. E de lá para cá o Brasil perdeu o medo de Requião.
Hoje ele não passa de uma assombração. Demodé, old fashion, de época, como dizem os jovens.
Patético. Perdido num mundo que não entende.

Lúcia Hippólito

BRASÍLIA NÃO É NA TERRA

quarta-feira, 27 de abril de 2011

ELES DISSERAM...

 "O apelido dele é Maria Louca, às vezes mais louca do que Maria, às vezes mais Maria do que louca".

Orestes Quércia







JÁ DECLAROU O SEU ?


Em todo o mundo, em todos os tempos, mesmo os cidadãos mais honestos não se sentem desonestos quanto tentam fraudar taxas e impostos. Isso se deve à consideração mais ou menos internacional de que todos os governos são desonestos e ...impostores.

Millor

LIVRO, PRESENTE DE AMIGO

HONRA O TEU PAI

Gay Talese - Nova Edição (Companhia das Letras)

Leitura quase que definitiva sobre a máfia. Um clássico que narra a asscensão e queda de uma das grandes famílias da máfia italiana, Após sete anos de pesquisa, Gay Talese, revelou a estrutura e os mecanismos internos do crime organizado nos Estados Unidos. Imperdível.
Trecho:

"...Na história da Sicília havia um único caso admirável em que a população miserável e sofredora, foi capaz de organizar uma bem sucedida revolta nacional contra os seus opressores, na época os franceses. O motivo da rebelião se deu na segunda-feira de páscoa de 1282, quando um soldado francês estuprou uma moça siciliana no dia do seu casamento. De repente, um grupo de sicilianos retaliou massacrando um pelotão de soldados franceses, e à medida que a notícia ia chegando a outros sicilianos, mais soldados eram mortos em cidade após cidade - e um frenético acesso de xenofobia rapidamente espalhou-se pela ilha, enquanto turbas alucinadas atacavam e matavam todos os franceses que encontravam. Milhares de franceses foram assassinados em poucos dias, e alguns historiadores locais afirmavam que datava dessa ocasião o surgimento da Máfia, cujo nome proviria do grito aflito da mãe da virgem violentada, que corria pelas ruas bradando ma fia, ma fia, minha filha, minha filha. "

Talese

SENADO - CONSELHO DE ÉTICA

UM POUCO DE HISTÓRIA

Pedro de Alcântara Francisco António João Carlos Xavier de Paula Miguel Rafael Joaquim José Gonzaga Pascoal Cipriano Serafim de Bragança e Bourbon, podem chamar só de Pedro. Nasceu em Portugal e acompanhando seus pais, Sr. João e Dna Carlota, veio para o Brasil com 9 anos de idade. Aos 19 anos casou-se com Dna. Leopoldina, um menino ainda.
Foi nomeado Príncipe Regente aos 23 anos e Imperador aos 24 anos.
Aos 33 anos abdicou da coroa e voltou para a Europa. Foi imperador por apenas 9 anos (um pouco mais que dois mandatos de hoje).
Tomou o barco ( no mesmo palácio e na mesma cama em que nasceu) aos 36 anos.
Dos 19 aos 36 anos teve 18 filhos.
Além do português, falava o latim, francês, inglês e alemão. Tocava, piano, flauta, fagote, trombone, violino, clarinete, violão, lundu e cravo. Pintava e praticava escultura.
Namorava meio mundo.
Como as coisas eram corridas antigamente.

ER

TERMINANDO A LUA DE MEL

A Inflação batendo às portas, obras atrasadas ou adiadas e preocupação com o abastecimento de combustíveis,  começam a mostrar que os doces dias estão ficando na saudade.
Sorte do governo é a oposição esfacelada.

Escreveu ontem o Augusto Nunes:

"Sem saber atirar, Dilma Rousseff virou modelo de guerrilheira. Sem ter sido vereadora, virou secretária municipal. Sem ter sido deputada estadual, virou secretária de Estado. Sem ter sido deputada federal ou senadora, virou ministra. Sem ter inaugurado nada de relevante, virou gerente de país. Sem saber juntar sujeito e predicado, virou estrela de palanque. Sem ter tido um só voto na vida, virou candidata à Presidência. Eleita, não precisou fazer nada para virar, em 100 dias, uma superadministradora obcecada pela perfeição. O Brasil nunca foi um país sério. Mas só neste começo de século virou piada...."

Augusto Nunes




SÓ BLUES



Grande dica do paraense, Mestre Joca:

NINGUÉM TE CONHECE QUANDO ESTÁS NA PIOR...

"Nobody Knows You When You Are Down and Out" é um blues tradicional composto por Jimmy Cox em 1923 e gravado no mesmo ano por Bessie Smith, a primeira grande dama do blues, e era uma de suas canções prediletas. Teve várias versões e regravações ao longo dos anos, por exemplo as de B.B. King, Alberta Hunter ou Nina Simone.
E quando a gente pensa que já ouviu todas (ou quase todas...) versões desta música, eis que se surpreende com uma desconhecida. Foi o que ocorreu ao descobrir esta gravação feita em 1964 por Janis Joplin, acompanhada por Jorma Kaukonen, futuro guitarrista do Jefferson Airplane e Margareta Kaukonen, que usou uma máquina de escrever como instrumento de percussão. (Mestre Joca)
 
Uma vez tive a vida de um milionário,
Gastando meu dinheiro, eu não me importava...
Levava meus amigos para nos divertirmos
Comprando bebida contrabadeada, champanha e vinho.

Então comecei a cair tão baixo
Que não tinha mais amigos nem onde ir
Então se um dia eu tiver em mãos um dolar novamente
Eu vou segurá-lo com unhas e dentes

Ninguém te conhece quando você está na pior.
E no seu bolso nem um centavo
E amigos não se tem nenhum

Mas quando eu me restabelecer de novo
Vou encontrar meu velho amigo perdido
É estranho dizer, sem dúvida
Ninguém te conhece quando estás na pior

Quero dizer, quando você está na pior,
Sem um centavo, sem amigos
Eu caí tanto
Que ninguém me quer perto de suas portas
Sem dúvida, ninguém pode te usar quando estás na pior."

ER

FRASE ABOBRINHA DO DIA

“Todo aumento da inflação vai exigir que o governo tenha uma atenção bastante especial sobre as suas fontes e causas. Então eu quero dizer a esse conselho: o meu governo está diuturnamente, e até noturnamente, atento a todas as pressões inflacionárias, venham de onde vier, e fazendo permanente análise dela”.

Dilma Roussef

 

NUNCA ANTES NA HISTÓRIA...BLÁ, BLÁ, BLÁ...

Escreveu o Carlos Brickmann

A lenda oficial acaba de completar cinco anos: em 21 de abril de 2006, o presidente Lula anunciou que, como nunca dantes na história deste país, o Brasil era autossuficiente em petróleo. E tinha mais: o álcool tinha dado tão certo que até mudou de nome para "etanol" e seria o combustível renovável, ecológico - nunca dantes na história do mundo um programa brasileiro tinha sido um exemplo para tantos países. E tinha mais: o petróleo do pré-sal, que jorrava com abundância sempre que era preciso afogar más notícias para o Governo, e que, como nunca dantes na história do Universo, colocaria o Brasil, se quisesse, na Opep, a organização dos riquíssimos países exportadores de petróleo.
Agora, aos fatos: neste ano, devemos importar US$ 18 bilhões de petróleo (no ano passado, as importações foram de US$ 13 bilhões). E aquela abundância de petróleo que nos colocaria na Opep, se quiséssemos, somada às importações, não está sendo suficiente para atender ao mercado: o diretor do Centro Brasileiro de Infraestrutura, Adriano Pires, diz que já há um estrangulamento do setor de combustíveis, "um apagão".
Ah, o álcool! Sabe aquela teimosia dos gringos, que produzem o antieconômico álcool de milho em vez de importar o etanol brasileiro de cana, produzido de maneira muito mais eficiente e barata? Pois é, estamos importando álcool americano. E nas bombas o tal etanol acaba saindo mais caro que a gasolina.
Problemas passageiros, diz o Governo. Mas, na dúvida, deixe o tanque cheio.

Brickmann