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quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

AFASTADO PELO EXCESSO


Nos primórdios duros do "viver é perigoso", na seção "Na Contramão", Mencken foi citado muitas vezes.
Como disse o filósofo José Tipica, com o avanço da idade, ou os homens ficam chatos ou se tornam bons, o zelador enquadrado pelos amigos no segundo time, deixou de lado as manifestações do jornalista americano.
Henry Louis Mencken (1880-1956), acaba de ser canonizado pela Library of America. 
Dentre os livros, o único traduzido para o português é O Livro dos Insultos de H. L. Mencken, com seleção e prefácio do Ruy Castro. 
 Mencken nunca defendeu alguma coisa, não se alinhava a ideais políticos. Temido pelos poderosos (incluindo donos de jornais) — tanto que foi considerado como “o cidadão privado mais poderoso da América” pelo New York Times em 1926. 
Os insultos de Mencken ainda são atuais, quase um século depois de escritos. Leiam:

“Revoluções políticas quase nunca realizam nada de verdadeiro mérito; seu único efeito indiscutível é o de enxotar uma chusma de ladrões e substituí-la por outra.” (Sua natureza interior – 1919)

“Todo governo é composto de vagabundos que, por um acidente jurídico, adquiriram o duvidoso direito de embolsar uma parte dos ganhos de seus semelhantes (…) Se pudessem, os governantes reduziriam o cidadão à roupa do corpo. E, se deixam alguns trocados com ele, é apenas por prudência, assim como o fazendeiro deixa à galinha alguns de seus ovos.” (Mais sobre o assunto – 1925)

ER



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