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domingo, 23 de janeiro de 2011

SERRA DA BOA ESPERANÇA

Lamartine Babo recebeu de Boa Esperança, aqui no Sul de MInas, uma poética e apaixonada carta assinada por Nair Pimenta Oliveira. Queria ela fotografias do compositor para enfeitar seu álbum de recordações. Lamartine prometeu as fotos, desde que ela continuasse a correspondência. E assim durante uma ano, Nair e Lamartine trocaram quase cinquenta cartas, até que ela comunicou ao compositor que ia se casar e por isso não escreveria mais. Lamartine lamentou o final de um possível romance. Tempos depois Lamartine recebeu outra carta de Boa Esperança: o dentista Carlos Alves Netto convidava-o para a estréia de um Bando de Tangarás na cidade mineira. Pensando em conhecer sua antiga correspondente, Lamartine aceitou o simpático convite e em fins de julho de 1936 estava na pacata cidadezinha, pronto para prestigiar o conjunto de amadores.
Não foi difícil conhecer Nair, apenas uma menina, sobrinha do dentista que lhe confessou a história: colecionava fotos de artistas e escreveu a Lamartine para aumentar a sua coleção. Como o compositor não respondera, resolveu fazer uma carta "feminina", assinando o nome da menina de quatro anos.
O resultado desta confusão foi um samba-canção em homenagem à cidade: "Serra da Boa Esperança", logo transformado em clássico da música popular.
Ouçam Francisco Alves, o Chico Viola em gravação original em disco 78rpm


ER

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