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segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

SENTIMENTO VERDADEIRO

Do Wartão, com certeza com o coração. Sou testemunha do seu sentimento pela terrinha.
ER

Eu não sou itajubense de nascimento, mas sou itajubense por adoção, portanto resolvi mandar esse comentário: Fiquei pensando outro dia: o que faz com que a gente ame uma cidade? Penso que é assim como o lar da gente. Aprendemos que tem um cheiro especial, que só de sentir já relaxa o corpo. Quando a gente vai chegando perto, a emoção acalma, se alegra e começa a cantar. Nossa vida, entrelaçada com memórias de ruas e janelas, se torna intimamente ligada ao que acontece no pulsar das histórias. Aos antepassados enviamos gratidão, conservando importantes aprendizados. Aos descendentes, reservamos nossos sonhos mais profundos de uma vida digna, justa e feliz. Amamos uma cidade não porque ela é famosa, universitária, pequena, cosmopolita, conservadora, moderna, calma, bonita, turística, industrial, limpa ou qualquer outro adjetivo que se possa imaginar. Amamos simplesmente porque aprendemos a nos sentir parte dela. Amamos... Porque a vida das calçadas é também a vida da gente... Porque respiramos o mesmo ar... Porque nos importamos com o que lhe possa acontecer... Porque queremos ver as crianças crescerem saudáveis... Porque nos sentimos singelamente orgulhosos quando a elogiam... Porque pudemos escrever nossa história nas páginas de suas ruas. Porque cultivamos amizades e apreços sem preço... Porque nosso álbum está cheio de fotos de momentos inesquecíveis... Porque ela nos oferece o que precisamos... Porque sentimos gratidão... Amamos uma cidade como amamos o nosso lar. Sem raízes, perdemos a história. Sem asas, perdemos os sonhos. Uma cidade que nos acolhe é assim, oferece tudo isso. Penso que para aprender a amar uma cidade, temos que primeiramente amar o nosso lar. Saber quem somos. Ter um compromisso com nossa própria vida. Saber que nossas ações importam. Compreender que somos energia em movimento, e que afetamos positiva ou negativamente qualquer ser vivo ao nosso redor. Diante dessa consciência, sabemos que podemos escolher onde, como e porque viver. Amar uma cidade não tem nada a ver com ter nascido nela. Porque a vida é feita de escolhas. Podemos escolher sair ou ficar em busca do que nos chama. O que importa mesmo é ouvir o chamado. O que importa mesmo é não fazer da vida uma sucessão de dias repetitivos e sem graça, culpando a cidade por não oferecer o que deveria. Isso não tem nada a ver com a cidade, isso tem a ver com o que somos. Assim, aprendemos a amar uma cidade não pelo que ela é, mas pelo percurso do nosso caminhar. E não existe regra para o amor. Ele simplesmente acontece, de qualquer jeito e sem avisar. Mas a gente sabe quando ele bate à nossa porta. Portanto, sabemos exatamente quando amamos uma cidade.
É o que eu sinto com relação a Itajubá.

Walter Bianchi

3 comentários:

© Sara Marques disse...

Uma bela declaração de Amor pela nossa cidade.

Anônimo disse...

Itajuba teve, tem e terá muitos"ämantes", pessoas que abusam, aproveitam desta cidade...gente que a ama de verdade...poucas...por isso é assim....

Bah Gorgulho disse...

Wartão
Pra você que declarou seu amor por essa cidade fácil de ser amada, segue a Canção de Itajubá. Você conhece?

CANÇÃO DE ITAJUBÁ

Você sabe donde eu venho?
É de uma terra que eu tenho,
Onde o céu é mais azul.
É uma terra hospitaleira,
No sopé da Mantiqueira,
É de Minas bem ao Sul.

Terra de águas cristalinas,
Que escorrem das colinas
E amenizam o duro sol,
Terra de noite estrelada,
De manhã fria e nublada,
De vermelho pôr do sol.

Se você vem de outras terras,
Acha ali no pé da serra
Um convite para entrar.
Passe a ponte sem receio,
Vem aqui pro nosso meio,
Que a cidade eu vou mostrar.

É uma rua com asfalto,
Uma igreja lá no alto
E ao longe um casarão,
É uma escola de engenheiros,
Do Brasil os pioneiros,
Em barragem e construção.
´
É uma terra de estudantes,
Vindos de terras distantes,
Dentro e fora do Brasil.
É uma terra de operários,
Professores e bancários
De crianças muitas mil.

Lá na Praça Theodomiro,
Nossos jovens dão seu giro,
Procurando se encontrar.
E nas noites enluaradas,
A seresta bem cantada,
Como é bom de se escutar.

Besta terra tem de tudo,
Tem colégio para estudo,
Com esporte e diversão.
Tem artistas e escritores,
Tem poetas e doutores,
Tem até um batalhão.

Se você quer vir comigo,
Há de ver que povo amigo
Esse povo que há por lá.
Há de ver como é verdade,
O que eu canto sem vaidade
Dessa minha Itajubá.

Letra de: Iraides Rabelo.
O Riera deve saber a música.

Um abraço.