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domingo, 16 de janeiro de 2011

ENQUANTO ISSO...

O que dói na gente é isso. Saber que milhões de brasileiros têm esse atendimento padrão. Quem deveria preocupar direto com a solução, tem prioridade no Sirio-Libanês, No Einstein, e outros 5 estrelas.
Sinceramente, temos que entender a reação desesperada de familiares, quando acontece de vivenciar o drama de pessoas pessoas queridas, sofrendo sem atendimento no corredor de um hospital.

Deu no "O Globo"

O marido agonizando não sai da cabeça da líder comunitária Sônia Regina Gonçalves, que o internou em 1 de dezembro de 2010 para tratar de um câncer nas cordas vocais no Hospital do Andaraí, no Rio. Por mais de dez dias, ela aguardou que uma vaga fosse aberta no andar onde os casos de cabeça e pescoço são tratados. Sônia conta que, durante a espera, viu o marido ficar "cada vez mais fraco", até não resistir mais:
- Talvez a história fosse outra se ele tivesse ido diretamente para o lugar certo. Fiz o que pude, mas a morte venceu. Sinto uma mágoa enorme.
O drama de Sônia é comum a muitos brasileiros. Regulamentado na Constituição de 1988, o Sistema Único de Saúde (SUS) - que engloba desde atendimento ambulatorial até transplante - interna, em média, nove milhões de pessoas por ano, faz mais de dois milhões de partos e realiza cerca de 16 mil transplantes, entre outros procedimentos.
No entanto, outras milhares de pessoas no país aguardam atendimento. Estudo do pesquisador Alexandre Marinho, do Ipea, baseado em dados de 2007, mostra que, no Brasil, o tempo médio de espera por uma internação é de seis dias, quase o mesmo verificado em 2003.
Números reunidos por secretarias de Saúde, sindicatos dos médicos, sociedades brasileiras de várias especialidades e profissionais do setor são ainda mais dramáticos. No Instituto Nacional de Traumatologia (Into), 21 mil aguardam por uma cirurgia. Na fila da cirurgia bariátrica, só no Estado do Rio, estão cinco mil. No município, quem precisa de cirurgia vascular eletiva espera 12 meses.

ER

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