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domingo, 19 de dezembro de 2010

DIGA NÃO ÀS DROGAS

Luiz Fernando Veríssimo (antigo mas atual - lembrado pelo Wellington Etrusco)

Tudo começou quando eu tinha uns 14 anos e um amigo chegou com aquele papo de "experimenta, depois, quando você quiser, é só parar..." e eu fui na dele. Primeiro ele me ofereceu coisa leve, disse que era de "raiz", "natural" , da terra", que não fazia mal, e me deu um inofensivo disco do "Chitãozinho e Xororó" e em seguida um do "Leandro e Leonardo". Achei legal, coisa bem brasileira; mas a parada foi ficando mais pesada, o consumo cada vez mais freqüente, comecei a chamar todo mundo de "Amigo" e acabei comprando pela primeira vez.
Lembro que cheguei na loja e pedi: - Me dá um CD do Zezé de Camargo e Luciano. Era o princípio de tudo! Logo resolvi experimentar algo diferente e ele me ofereceu um CD de Axé. Ele dizia que era para relaxar; sabe, coisa leve... "Banda Eva", "Cheiro de Amor", "Netinho", etc. Com o tempo, meu amigo foi oferecendo coisas piores: "É o Tchan", "Companhia do Pagode", "Asa de Águia" e muito mais. Após o uso contínuo eu já não queria mais saber de coisas leves, eu queria algo mais pesado, mais desafiador, que me fizesse mexer a bunda como eu nunca havia mexido antes, então, meu "amigo" me deu o que eu queria, um Cd do "Harmonia do Samba". Minha bunda passou a ser o centro da minha vida, minha razão de existir. Eu pensava por ela, respirava por ela, vivia por ela! Mas, depois de muito tempo de consumo, a droga perde efeito, e você começa a querer cada vez mais, mais, mais . . . Comecei a freqüentar o submundo e correr atrás das paradas. Foi a partir daí que começou a minha decadência. Fui ao show de encontro dos grupos "Karametade" e "Só pra Contrariar", e até comprei a Caras que tinha o "Rodriguinho" na capa.
Quando dei por mim, já estava com o cabelo pintado de loiro, minha mão tinha crescido muito em função do pandeiro, meus polegares já não se mexiam por eu passar o tempo todo fazendo sinais de positivo. Não deu outra: entrei para um grupo de Pagode. Enquanto vários outros viciados cantavam uma "música" que não dizia nada, eu e mais 12 infelizes dançávamos alguns passinhos ensaiados, sorriamos fazíamos sinais combinados. Lembro-me de um dia quando entrei nas lojas Americanas e pedi a coletânea "As Melhores do Molejão". Foi terrível!! Eu já não pensava mais!! Meu senso crítico havia sido dissolvido pelas rimas "miseráveis" e letras pouco arrojadas. Meu cérebro estava travado, não pensava em mais nada. Mas a fase negra ainda estava por vir. Cheguei ao fundo do poço, no limiar da condição humana, quando comecei a escutar "Popozudas", "Bondes", "Tigrões", "Motinhas" e "Tapinhas". Comecei a ter delírios, a dizer coisas sem sentido. Quando saia a noite para as festas pedia tapas na cara e fazia gestos obscenos. Fui cercado por outros drogados, usuários das drogas mais estranhas; uns nobres queriam me mostrar o "caminho das pedras", outros extremistas preferiam o "caminho dos templos". Minha fraqueza era tanta que estive próximo de sucumbir aos radicais e ser dominado pela droga mais poderosa do mercado: a droga limpa.
Hoje estou internado em uma clínica. Meus verdadeiros amigos fizeram única coisa que poderiam ter feito por mim. Meu tratamento está sendo muito duro: doses cavalares de Rock, MPB, Progressivo e Blues. Mas o meu médico falou que é possível que tenham que recorrer ao Jazz e até mesmo a Mozart e Bach. Queria aproveitar a oportunidade e aconselhar as pessoas a não se entregarem a esse tipo de droga. Os traficantes só pensam no dinheiro. Eles não se preocupam com a sua saúde, por isso tapam sua visão para as coisas boas e te oferecem drogas.
Se você não reagir, vai acabar drogado: alienado, inculto, manobrável, consumível, descartável e distante; vai perder as referências e definhar mentalmente.
Em vez de encher a cabeça com porcaria, pratique esportes e, na dúvida, se não puder distinguir o que é droga ou não, faça o seguinte: Não ligue a TV no Domingo a tarde; Não escute nada que venha de Goiânia ou do Interior de São Paulo; Não entre em carros com adesivos "Fui ... "
Se te oferecerem um CD, procure saber se o suspeito foi ao programa da Hebe ou se apareceu no Sabadão do Gugu; Mulheres gritando histericamente é outro indício; Não compre nenhum CD que tenha mais de 6 pessoas na capa; Não vá a shows em que os suspeitos façam gestos ensaiados; Não compre nenhum CD que a capa tenha nuvens ao fundo; Não compre qualquer CD que tenha vendido mais de 1 milhão de cópias no Brasil; e Não escute nada que o autor não consiga uma concordância verbal mínima. Mas, principalmente, duvide de tudo e de todos. A vida é bela! Eu sei que você consegue! Diga não às drogas.

Luiz Fernando Veríssimo

AND SO IT CHRISTIMAS

Email do Marcos Carvalho, o moço de Santa Rita de Caldas - Consultor de cinema e afins do "viver é perigoso".

Nessa altura do campeonato, já gastas (ou recusado seu uso) todas as frases próprias das estação/data, fica a vontade de dizer pros velhos amigos que "tudo, tudo, tudo vai dar pé" de alguma maneira diferente, se possível engraçadinha prá disfarçar a falta de jeito.
Segue o anexo.
Apensado, diria um doutor data vênia.
Atachado, diria um troglodita internético dos nossos cada vez mais tristes e ignorantes dias.
Achei em um site da Internet já lá se vão alguns bons 10 anos. Acho que escrito pelo T. S. Eliot.
Fica guardado em uma pasta do meu intrépido cérebro eletrônico doméstico.
De vez em quando trombo com ele por obra de algum clique despropositado. De vez em outra, procuro a pasta, abro o arquivo e o releio.
Salivo sempre, não importa a ocasião.
Permanece a dúvida se não vai parecer frescura esse negócio de enviar cartão de natal com poema em inglês.
Va lá, que pareça...a idade nos dá certos direitos. Exerçamo-los, diria o doutor Jânio entre um porre e outro (< 30 segundos, em média).
Nevertheless & anyway segue o bichinho.
Com os votos de "tudo de bom" para vocês, prás senhoras e prá filharada (pro neto também, seu Zézinho).
Abraços
Marquinho
(O flagelo do idioma da velha Albion) 
 
There are several attitudes towards Christmas,
Some of which we may disregard:
The social, the torpid, the patently commercial,
The rowdy (the pubs being open till midnight),
And the childish -which is not that of the child
For whom the candle is a star, and the gilded angel
Spreading its wings at the summit of the tree
Is not only a decoration, but an angel.
The child wonders at the Christmas Tree:
Let him continue in the spirit of wonder
At the Feast as an event not accepted as a pretext;
So that the glittering rapture, the amazement
Of the first-remembered Christmas Tree,
So that the surprises, delight in new possessions
(Each one with its peculiar and exciting smell),
The expectation of the goose or turkey
And the expected awe on its appearance,
So that the reverence and the gaiety
May not be forgotten in later experience,
In the bored habituation, the fatigue, the tedium,
The awareness of death, the consciousness of failure,
Or in the piety of the convert
Which may be tainted with a self-conceit
Displeasing to God and disrespectful to children
(And here I remember also with gratitude
St. Lucy, her carol, and her crown of fire):
So that before the end, the eightieth Christmas
(By 'eightieth' meaning whichever is the last)
The accumulated memories of annual emotion
May be concentrated into a great joy
Which shall be also a great fear, as on the occasion
When fear came upon every soul:
Because the beginning shall remind us of the end
And the first coming of the second coming.

Marcos Carvalho

YELLOWCAKE

Possivelmente ouviremos dos motoristas de onibus, a seguinte recomendação feita aos passageiros, ao entrar na cidade:
- "Senhores passageiros, bem-vindos a Itajubá. Recomendamos a todos colocarem, para sua proteção, os óculos escuros  ao passamos defronte a Estação Ferroviária. As retinas podem ser afetadas pela forte cor "yellowcake', composta de urânio".
Até aí tudo bem, mas um cara vindo de Pouso Alegre perguntar sobre o "bolão de fubá" de Itajubá, já é caso de sair para a pernada.
Em matéria de pinturas a Boa Vista sempre foi prejudicada. Vejam o caso da Igreja São José. Marrom indefinido, mas parecendo um prédio de stalingrado em 1945.
Judiação estão fazendo, em termos de cor, com a antiga estação ferroviária. Só pode ser vingança.

ER

ENQUANTO POR AQUI...


O exército colombiano decidiu instalar dez grandes árvores de Natal iluminadas em zonas de conflito com as guerrilhas locais na selva e das montanhas do país.
As árvores fazem parte de uma campanha para a desmobilização dos grupos armados, e seu slogan é "Desmobilizem-se". No Natal, tudo é possível.
A primeira delas foi instalada no departamento (Estado) de Meta, centro do país.
A árvore de 25 metros de altura foi montada na região do parque natural La Macarena, onde o chefe militar mais importante das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), Mono Jojoy, foi assassinado em setembro

(Deu no O Globo)

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PARA SUA REFLEXÃO


Enviado pela Beta:
"E assentar-se-á como fundidor e purificador de prata..." - Malaquias 3:3

Esse versículo bíblico intrigou umas mulheres de um estudo bíblico e elas ficaram pensando o que essa afirmação significava em relação ao caráter e à natureza de Deus.
Uma delas ofereceu-se para descobrir sobre o processo de refinamento da prata para o próximo estudo bíblico.
Naquela semana, a mulher ligou para um ourives e marcou um horário para assisti-lo trabalhar. Ela não mencionou a razão do seu interesse e só disse estar curiosa para conhecer o processo.
Ela foi assisti-lo. Ele pegou um pedaço de prata e o segurou sobre o fogo, deixando-o esquentar.
Ele explicou que, no refinamento da prata, é preciso que se segure a mesma bem no centro da chama, onde é mais quente e queima-se as impurezas.
A mulher pensou sobre Deus, que às vezes, segura-nos em situações 'quentes' e pensou novamente no versículo: 'E assentar-se-á como fundidor e purificador de prata...'
Ela perguntou para o artesão se ele tinha mesmo que ficar sentado o tempo todo na frente do fogo enquanto a prata estava sendo refinada.
Ele disse que sim; que não somente ele tinha que ficar lá, segurando a prata, mas que ele tinha que, também, manter seus olhos na mesma o tempo todo que ela estivesse nas chamas. Se a prata ficasse um minuto a mais no fogo, seria destruída.
A mulher ficou em silêncio por um momento. Então, ela perguntou: 'Como você sabe quando a prata está totalmente refinada?
Ele sorriu e disse: 'Ah, isso é fácil...
É quando eu vejo minha imagem nela.'
Se hoje você está sentindo o calor do fogo, lembre-se que os olhos de Deus estão sobre você e que Ele vai ficar cuidando de você até que Ele veja Sua imagem em você.

(Enviado pela Beta)

FIQUEM LONGE DE BANCOS

Já está fazendo tempo, mas em algumas oportunidades tive a honra de ser convidado pelo professor de empreendedorismo da Unifei, Fábio Fowler, para uma conversa sobre a "experiência no setor" com seus alunos.
Numa das ocasiões, não me lembro provocado pelo o quê, recomendei do alto dos meus escorregões mini-empresariais, duas coisas:
Primeiro: procurem evitar por todos os meios, ter cunhados como sócios. É complicado.
Segundo: Se possível não passem nem pela calçada de um banco.
Coincidência ou não, nunca mais me convidaram.
Mas que é verdade, é. A primeira observação é de ouvir falar. A segunda foi no "lombo".

ER  

CANTINHO DA SALA

Joan Miró i Ferrà, simplesmente Miró. Pintor e escultor catalão. Nasceu em Barcelona em 1893. É o "guru" da área, do zelador. No início da 2ª guerra mundial, Miró pintou a série (23 guaches) "Constelações". Simboliza a evocação de todo o poder criativo dos elementos e do cosmos para enfrentar as forças anônimas da corrupção política e social causadora da miséria e da guerra.
"Números e constelações em amor com uma mulher" é de 1941.
Não canso de olhar.

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PORQUE HOJE É DOMINGO

"Porque pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós; é dom de Deus; não de obras, para ninguém se glorie."

(Carta de Paulo aos Efésios 2: 8 e 9)