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sábado, 18 de dezembro de 2010

CONVERSA ESTRANHA

Foi postado hoje pelo escritor Paulo Coelho, no seu Blog:

Hoje almocei com José Dirceu, a quem conheci em dezembro de 2005, logo depois de sua saída do governo.
No meio do almoço descontraído (comida árabe), comentei sobre os telegramas do Departamento de Estado Americano, que estão sendo divulgados pelo site Wikileaks. Para minha supresa, Dirceu disse que acabara de ser entrevistado por um jornal (não mencionou se era brasileiro ou de outro país) justamente a respeito de informações que seriam divulgadas na próxima semana.
Peguei um caderno que sempre carrego gomigo ( Moleskine, tradição de escritor) e comecei a anotar nossa conversa. Abaixo o que está nos telegramas e o verdadeiro conteúdo das conversas,segundo José Dirceu.

A] são vários telegramas, porque são vários interlocutores

B] Em um deles, em churrasco na sua casa em Vinhedo, o ex-funcionario do Departamento de Estado Bill Perry, comenta sobre eleições no Brasil. Zé e Bill conversam durante toda a tarde, sobre uma infinidade de assuntos. No telegrama enviado ao Depto. De Estado, a conversa foi resumida nos seguintes items:

1] que Zé tinha feito Caixa 2 (segundo Dirceu, uma conclusão do interlocutor )
2] que não falou de reforma política ( segundo Dirceu, foi um dos assuntos dominantes).

C] O mesmo Bill Perry, na apartamento funcional de José Dirceu em Brasília, teve outra longa conversa, que resumiu em algo como “José Dirceu afirmou que Lula não seria candidato a um segundo turno, já que achava que iria perder as eleições”. Dirceu afirma que tudo que fez foi traçar os cenários que a oposição estava desejando naquele momento.

D] Em outro cabo, o então embaixador americano (aqui não me lembro o nome) relata conversas com Dirceu sobre a ALCA, mas se limita a dizer aquilo que lhe interessa. Todas as explicações dadas por Dirceu – posição do governo brasileiro e do PT sobre a inviabilidade da ALCA – se resumiu a uma referencia no telegrama, sobre a concordancia do Brasil de um novo encontro a respeito.

E] Ainda o embaixador americano na época: Dirceu defenda a posição da Venezuela e do governo Chavez, mas o embaixador resume toda a conversa em uma opinião de Dirceu – que o Chavez devia se concentrar nas questões economicas do país e não em um conflito com os EUA.

Vale a pena acrescentar o seguinte a este post

a] embora tenha visto anotando a conversa, José Dirceu nao me pediu nenhuma ajuda a respeito do tema.

b] José Dirceu foi entrevistado por esse jornal (repito, pode ser brasileiro ou estrangeiro) mas nào viu os telegramas. O jornalista leu os telegramas, e os itens acima se baseiam nas anotações de Dirceu sobre a conversa.

Blog: Aí tem! Muito sem pé e sem cabeça. Parece tentativa de diminuir o impacto, de notícias que ainda virão a tona. Sei lá.

ER

RENDIÇÃO DA OPOSIÇÃO - 1

Ainda sobre o assunto, escreveu o jornalista Ruy Fabiano:

"...O que esse gesto produz – ou mantém – é a falta de nitidez programática da política brasileira. Ninguém sabe, na verdade, o que distingue os partidos. Vota-se nos personagens. E estes, sabendo disso, promovem, como prática habitual (só recentemente contida pela lei), o troca-troca de legendas, desmoralizando a própria instituição partidária, base e fundamento do sistema representativo.
Fidelidade partidária exige partidos com ideário efetivo, o que só se dá pela coerência prática de seus filiados. Alguém sabe dizer o que distingue o PMDB do PSDB - e este do PT?
Em 2002, Lula se elegeu presidente condenando o governo de FHC por práticas neoliberais. Mas, a seu lado, como candidato a vice-presidente, estava José Alencar, representando nada menos que o Partido Liberal. Em São Paulo, o empresário e presidente da Fiesp, Paulo Skaf, filiou-se ao Partido Socialista Brasileiro e por ele disputou o governo do estado. São contradições explícitas, assimiladas como inerentes ao pragmatismo político brasileiro.
A julgar pelo manifesto dos governadores tucanos em Maceió, o PT continuará sendo beneficiário de uma democracia sem oposição. E os seus problemas, mais uma vez, decorrerão da voracidade fisiológica das alianças internas que sustentam o governo."

Blog: Não conseguimos sequer vislumbrar razoáveis perspectivas. Faz escuro na política.

ER





RENDIÇÃO DA OPOSIÇÃO

Augusto Nunes escreveu:

A falta que faz um Mário Covas, lamenta a oposição real sempre que a oposição oficial tira o governo para dançar. Nesse minueto à brasileira, repetido há oito anos, apenas um dos parceiros se curva diante do outro, que retribui as reverências com manifestações de arrogância e para a música para berrar insultos quando lhe dá na telha.
Desde a ascensão de Lula ao poder, cabe ao PSDB o papel subalterno e ao PT o comando dos movimentos na pista. Assim será pelos próximos anos, avisou nesta semana a Carta de Maceió, redigida pelos oito governadores tucanos eleitos ou reeleitos em outubro.
Nessa versão 2010 do espetáculo da covardia, como observou Reinaldo Azevedo, não há um único parágrafo, uma só sílaba, sequer uma vírgula que impeça um Tarso Genro de subscrevê-lo.
O palavrório nem procura camuflar a rendição sem luta, a traição aos eleitores que souberam só agora que a relação com o governo de Dilma Rousseff, se depender dos tucanos, será regida pelo signo do servilismo.
“Um Estado como Alagoas, que concentra os piores indicadores sociais do país, não pode se dar ao luxo de brigar com o governo federal”, subordinou-se o anfitrião Teotônio Vilela Filho. “Nós dependemos, e muito, dos repasses de verbas e programas federais”.
Os convivas do sarau em Alagoas ainda não aprenderam que, segundo a Constituição, o Brasil é uma república federativa. Um governador não precisa prestar vassalagem ao poder central para receber o que lhe é devido, nem pode ser discriminado por critérios partidários. Um presidente da República que trata igualmente aliados e adversários não faz mais que a obrigação.
“Devemos buscar sempre o entendimento e a cooperação, na relação tanto com o governo federal como com os governos municipais”, recitaram em coro ─ e em nome de todos ─ o paulista Geraldo Alckmin e o paranaense Beto Richa.
Previsivelmente, foram abençoados por outra frase equivocada do presidente do PSDB, Sérgio Guerra: “Fazer oposição não é papel dos governadores”.
Claro que é. Mais que isso: é um dever. Os eleitores que garantiram a vitória de cada um dos oito signatários da Carta de Maceió não escolheram um gerente regional, mas políticos incumbidos de administrar com altivez Estados cuja população é majoritariamente oposicionista.
Se dessem maior importância à afinação com o Planalto, teriam optado por candidatos do PT. O convívio entre governantes filiados a partidos diferentes é regulamentado por normas constitucionais, regras protocolares e manuais de boas maneiras. Isso basta.
É natural que governantes de distintos partidos colaborem na lida com problemas comuns. Outra coisa é a capitulação antecipada e desonrosa. Quem se elege pela oposição e se oferece ao inimigo como colaborador voluntário é apenas colaboracionista.
Os franceses sabem o que é isso desde a Segunda Guerra Mundial. Os governadores tucanos que já se ajoelham diante de Dilma Rousseff logo saberão.

Augusto Nunes









COM RESPEITO E LIBERDADE

Para os amigos e leitores do "Viver é perigoso"

Amigos são presentes que colhemos na árvore da vida, são frutos da amizade e de muita luz que enriquecem nossos momentos...Seja com palavras, com gestos ou mensagens de alegria...
Para mim, são presentes que se fizeram presentes no decorrer deste ano, mesmo sendo de forma virtual.
Um abraço fraterno a todos e meu desejo de muita saúde, e que vocês tenham um Natal de luz e reflexão.

Bah

LIVRE ARBÍTRIO
Kali Mascarenhas

Amor... Respeito... e Liberdade!
Aquilo que existe em mim e faz parte de mim... Pode ser transformado, se eu quiser...
Aquilo que é do outro... Só pode ser transformado, por ele... E será compreendido e aceito por mim... Dentro dos meus limites... Se existir respeito...
Posso falar ao outro como me sinto em relação ao que ele faz ou diz... Se houver liberdade.
Não posso afirmar: “Aquilo que o outro fez ou disse me feriu”... Eu é que me feri com aquilo que ele disse... Tenho opções...
Eu sou dono das minhas emoções... Sensações e sentimentos...Também das minhas atitudes... Pensamentos e palavras! Maravilha...
Não é coerente dizer que fiz algo para alguém... só porque alguém fez isso comigo primeiro...Se eu agisse assim...eu seria apenas resposta e eco...Sem vida... É mais valioso optar por agir ao invés de apenas reagir...
É mais sensato perceber que sou dono das minhas ações... e se faço algo...sou o responsável
Por isso... Tenho escolhas...
Reconheço que as rédeas do meu destino estão em minhas mãos... E me recuso a segurar as rédeas do destino do outro...É meu direito.
Busco o Amor em sua mais bela expressão... E por isso abro mão de querer ter o controle sobre a vida do outro...
Quero amar com liberdade!
Quero amar com plenitude!
Quero amar, antes de tudo...
Porque é bom... amar
Com respeito
e liberdade!

(Enviado pela Bah)




SÓ BEATLES



MATCH BOX

Ainda na série, Beatles cantando músicas dos outros. A versão original desta música, com o nome de "Match Box Blues" foi  gravada em 1927 por Blind Lemon Jefferson. Foi reformulada pelo grande influenciador dos Beatles e de muitos outros, Carl Perkins, em 1957.
O Beatles cantaram-na desde 1961. Foi gravada em 1964 já com Ringo Star.
Ficou legal.

ER 

LARANJAS ESPECIAIS

(Néo Correia - Bocadura.com)

AGRADECIMENTO À CORJA

Joaquim Pessoa nasceu no Barreiro em 1948. Poeta, publicitário e pintor, é uma das vozes mais destacadas da poesia portuguesa, sendo considerado um "renovador" nesta área. O amor e a denúncia social são uma constante nas suas obras.Foram lhe atribuídos os prémios literários da Associação Portuguesa de Escritores e da Secretaria de Estado da Cultura (Prémio de Poesia de 1981), o Prémio de Literatura António Nobre e o Prémio Cidade de Almada. Esse poema ilustra bem a situação Maluf.

Walter Bianchi 


POEMA DE AGRADECIMENTO À CORJA

Obrigado por nos destruírem o sonho e a oportunidade de vivermos felizes e em paz. Obrigado pelo exemplo que se esforçam em nos dar de como é possível viver sem vergonha, sem respeito e sem dignidade. Obrigado por nos roubarem. Por não nos perguntarem nada. Por não nos darem explicações. Obrigado por se orgulharem de nos tirar as coisas por que lutamos e às quais temos direito. Obrigado por nos tirarem até o sono. E a tranquilidade. E a alegria. Obrigado pelo cinzentismo, pela depressão, pelo desespero. Obrigado pela vossa mediocridade. E obrigado por aquilo que podem e não querem fazer. Obrigado por tudo o que não sabem e fingem saber. Obrigado por transformarem o nosso coração numa sala de espera. Obrigado por fazerem de cada um dos nossos dias um dia menos interessante que o anterior. Obrigado por nos exigirem mais do que podemos dar. Obrigado por nos darem em troca quase nada. Obrigado por não disfarçarem a cobiça, a corrupção, a indignidade. Pelo chocante imerecimento da vossa comodidade e da vossa felicidade adquirida a qualquer preço. E pelo vosso vergonhoso descaramento. Obrigado por nos ensinarem tudo o que nunca deveremos querer, o que nunca deveremos fazer, o que nunca deveremos aceitar. Obrigado por serem o que são. Obrigado por serem como são. Para que não sejamos também assim. E para que possamos reconhecer facilmente quem temos de rejeitar.

Joaquim Pessoa

PHOTOGRAPHIA NA PAREDE

O CASTIGO CONTINUA

Dei uma saída noturna para ver o movimento de Natal na cidade. Muita gente nas ruas. Conseguiram deixar as praças e ruas centrais bem arrumadinhas e iluminadas. Está bonito. Da mesma maneira, com relação a Unifei.
Só tenho um registro para fazer. É sobre ela mesmo. "A enjeitada".
O principal símbolo do natal continua pagando um alto preço na dita cidade universitária. Transformaram-na numa bonitinha mera coadjuvante.
Está alí na Praça do Soldado. Tímida, aproveitando o pequeno espaço que lhe reservaram. Merece ser anistiada.

ER 

A PRIMEIRA PERNADA

Creio que a história começou no final dos "50" e terminou rapidinho no início dos "¨60". Claro, foi em Itajubá.
No primeiro ano foi um sucesso sem precedentes. Quem não participou se arrependeu e ficou "chupando o dedo".
Falo das famosas cestas de natal. Duas marcas concorriam no mercado local. Cestas Amaral e Cestas Columbus.
Eram vendidas no início do ano, com carnet para pagamentos mensais, com direito ainda  a sorteios de prêmios diversos.
Normalmente tinham uns três modelos ou séries, como chamavam. Diamante, ouro e prata. Variava o sortimento, que ia de uísque Drurys, conhaque Dreher, compotas, uvas passas, panetone, etc, etc.
Itajubá inteira comprou se preparando para o natal. Eram entregues nas vésperas direto na casa do cliente. Eram bonitas e de vime. Depois do natal a utilizavam para guardar o enxoval da moçada.
Resumindo: As empresas sumiram e ninguém viu cesta nenhuma.
E a vergonha de fazer alguma queixa? Virou gozação na cidade.
Foi o primeiro grande "chapéu coletivo" que assolou Itajubá.
Ninguém gosta de falar do assunto.

ER