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segunda-feira, 13 de setembro de 2010

ANASTASIA DISPARA EM MINAS GERAIS

Em pesquisa Ibope divulgada hoje, o governador Anastasia, candidato a reeleição, aparece com 41% das intenções de voto dos mineiros. O ex-ministro Hélio Costa caiu para 32%, estabelecendo uma diferença considerável de 9%. Se a eleição fosse hoje, Anastasia estaria eleito no primeiro turno.
Para o senado, lidera Aécio Neves (67%), seguido de Itamar (41%). Fernando Pimentel do PT aparece com 28%.
É isso aí.

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MARCHA DA INSENSATEZ E A ESTUPIDEZ PROTETORA


SANDRA CAVALCANTI

No ano de 1984, Barbara W. Tuchman premiou o mundo com um livro que, além de surpreendente, é admiravelmente bem escrito: "A marcha da insensatez". Obra para ser lida e relida, dedicada aos que se interessam pelos caminhos da humanidade e procuram explicações para a insensata adoção, por muitos governantes, de políticas contrárias aos seus próprios interesses.
A autora oferece quatro episódios da história mundial como exemplo de momentos muito emblemáicos.
1 - Os troianos puxam o misterioso cavalo de madeira para dentro dos muros de Tróia.
2 - Os Papas da Renascença não captam a importância das vozes reformistas e não impedem a cisão protestante.
3 - A arrogância dos lordes ingleses detona o processo de libertação da América do Norte.
4 - Os americanos se atolam no Vietnã.
Como entender que, com poder de decisão política, alguns ajam tão frequentemente de forma contrária àquela apontada pela razão e pelos próprios interesses em jogo? Por que o processo mental dessas inteligências, também tão frequentemente, parece não funcionar?
O último capítulo do livro - Uma lanterna na popa - oferece ao leitor conclusões bastante melancólicas sobre os relatos e feitos analisados. Uma dessas conclusões sustenta a tese de que, entre as causas que mais contribuem para a insensatez política, a principal é a ambição do poder.
A ambição do poder é definida por Tácito como sendo a "mais flagrante de todas as paixões". Ela só se satisfaz quando exerce o poder sobre os demais seres humanos. Governar acaba sendo a melhor forma de exercer o poder sobre as pessoas.
Ganhar muito dinheiro, ou conseguir muita fama, também oferece satisfação de poder. Mas isso só se forem muito bem sucedidos. Nos casos comuns, embora o dinheiro lhes propicie alta posição social e luzes de fama, fica faltando o domínio sobre os demais. O real domínio, que só o ato de governar lhes oferece! O domínio sobre os outros significa, para os governantes, o verdadeiro poder que ambicionavam. Por isso desejam-no ardentemente e conquistam-no a duras penas. Depois, lamentavelmente, se revelam incapazes de exercê-lo sobre si mesmos.
Nenhuma alma, segundo Platão, consegue resistir ao excesso de poder. Para livrá-la da insensatez, só a garantia das leis. Sem essas garantias, o excesso de poder conduz à desordem e à injustiça. Toda a insensatez começa assim...
Maquiavel, que sabia das coisas, dizia que todo o governante "deve ser um grande perguntador, escutar pacientemente a resposta sobre o que perguntou e manifestar sua ira ao verificar que lhe ocultaram a verdade."
No mundo de hoje, qualquer titular de governo enfrenta muitíssimos problemas. Às vezes, fica difícil a compreensão clara e sólida de muitos deles. Não sobre tempo para pensar e refletir. Além disso, o grupo que cerca o chefe só age em função de decisões que possam lhe garantir prestígio político e força eleitoral. E, dizia Maquiavel, "se ele fica à mercê do grupo que o cerca, ele abre caminho para uma situação que alguns estudiosos definem como ESTUPIDEZ PROTETORA".
A estupidez protetora é a responsável pelo fato de o Presidente não fazer muitas perguntas, não escutar pacientemente as respostas e não ficar irado quando verifica que lhe ocultaram a verdade.
A nossa Marcha da Insensatez vem sendo liderada lá do Planalto, por um grupo assim, todos movidos exclusivamente pelo objetivo de permanecer no poder. Põe em prática, como nunca antes, todos os famosos Princípios de Dominação pela Propaganda, seguidos por Goebbels, Stalin, Mao, Fidel e tantos outros.
Não se pode negar que, às custas de bilhões de reais, os efeitos dessa propaganda estão sendo alcançados. Lula nunca sabe de nada. E, quando sabe, passa a mão pela cabeça dos culpados e, irado, até se atreve a querer calar o Estadão, o mais corajoso e livre órgão de imprensa do Brasil.
O mais triste, ainda, é que apesar de todos os escândalos, da mais deslavada corrupção, da mais desavergonhada compra de consciências, da mais cínica postura em relação às leis, o brasileiro continua calado e anestesiado. A voz do país ainda não se fez ouvir.
Misteriosas e oportunas pesquisas de opinião dão a entender que o povo está feliz, achando que tudo vai bem. Mesmo com os problemas da assistência à Saúde. Mesmo com os níveis desastrosos da Educação. Mesmo com a vergonha da infraestrutura dos transportes. Mesmo com o aumento apavorante da violência. Mesmo com os portos ainda travados. Mesmo com as dívidas públicas não pagas.
De onde vem, então, essa apregoada visão positiva de um governo tão vulnerável ?
Vem da força terrível da propaganda. Da prática imoral da dominação de um povo pelas artimanhas, armadilhas e artifícios da mais poderosa e cara máquina estatal de propaganda governamental jamais montada antes no Brasil! Nem na ditadura de Vargas, nem no período militar. O grupo de Lula só tem um objetivo: continuar no poder. Como? Essa ambição é que leva à insensatez.
Sabendo que seria perigoso prorrogar o seu mandato, trilhando desde logo, o mesmo caminho de Hugo Chavez, Evo Morales, Rafael Correa e outros do mesmo time, o Presidente não hesitou, ditatorialmente, em afrontar a sua própria gente! Impôs uma candidatura ao PT. Derrubou os procedimentos democráticos usados pelo partido. Quem xingava tanto as oligarquias conservadoras conservadoras, cometeu a insensatez de imitar os troianos, os Papas da Renascença, os lordes ingleses e o atoleiro do Vietnã! Mas a História é implacável. Sempre há um cavalo de pau. Um Lutero. Um Washington. Um drama em Saigon. Sempre há.

(Sandra Cavalcanti é professora, foi deputada federal constituinte, secretária de Serviços Sociais no governo Lacerda, fundadora e presidente do BNH - Texto publicado pelo Cláudio Humberto) 

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PRÉDIO TOMBADO (PELOS DEMOLIDORES)

                                               (Acervo-Dr.Aldo) 
Antigo prédio da cadeia de Itajubá. Ficava na Rua Nova, esquina com a Rua Francisco Masselli. Tirando o dono da foto, que de lá tem recordações, creio que a demolição do prédio não causou maiores tristezas para ninguém.
No interior do prédio só estive duas vezes. Explico: uma delas quando fui tirar a carteira de motorista e a segunda para acompanhar a liberação de dois grandes amigos lá recolhidos, logicamente por engano dos policiais (ou excesso de zêlo, não me lembro bem).
Numa conversa em Aiuruoca (já contei aqui) com o famoso advogado e intelectual, Dr. Dantas Motta, ele nos mostrou fotos de um preso, segundo ele "suicidado" nessa cadeia. Um caso que deu muito o que falar na cidade (assassinato de um médico).
Nos anos 60, quando eu cursava o ginasial  no Colégio Itajubá, mais conhecido como o Colégio dos Padres, o Professor Estácio Tavares, homem severo, rigoroso e respeitado cidadão, foi agredido por um policial (não me recordo dos detalhes). Foi um Deus nos acuda.
Na noite seguinte, os estudantes da cidade organizaram uma passeata de protesto. Na realidade foi um enterro simbólico da polícia, com caixão e tudo.
Moleque ainda, eu estava lá  carregando uma velinha acesa. O "féretro" atravessou toda a Rua Nova.
Os policiais apagaram todas as luzes da cadeia e se posicionaram armados nas janelas, preocupados com uma invasão e quebra-quebra.
O protesto correu tenso porém ordeiro.
No final, a multidão foi até a casa do Prof. Estácio (morava na mesma Rua Nova) e seguiu em frente, carregando-o nos ombros.
Ficou na história. Quem lá também esteve, ajude com mais detalhes.

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O QUE ELES ESTÃO PENSANDO

1 - Debate político? Está rolando? Não estou sabendo. Em qual canal? (Ruy Castro)

2 - O debate é raso, fora de fóco, chato e repetitivo, como se todos estivessem nadando de boia para não correr riscos. (Marília Gabriela)

3 - Não há vazio de ideias, mas ausência de debate por conta de uma candidatura fabricada. E do lado dos eleitores e da oposição impera uma enorme apatia, uma resignação sem fim. (Elena Landau)

4 - Eu até entendo a língua que a minha candidata fala e o que ela diz. Mas a fala dos outros faz tão pouco de mim, da política e do país, que finjo que não entendo para não ficar deprimida. (Heloísa Buarque de Hollanda)

(Deu no "O Globo" de ontem)  

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FRASE DO DIA


"Partindo do principio que a Câmara Federal é um retrato do País, a presença do Tiririca faz absoluto sentido.

(José Tipica)

FRASE (ABOBRINHA) DO DIA

"Quero dizer aos meliantes e delinquentes que assustam nossas famílias: comecem a sair de Alagoas, porque se não sairem, no dia 1º de janeiro haverão de sentir o peso de minha munheca no seu espinhaço"

(Collor em comício)

CAMINHAMOS PARA SER MAIORIA

"Quanto anos você teria se não soubesse quantos anos tem?"
(Satchel Paige)

A perspectiva de vida tem se elevado muito. Deve ser um local excepcional, mas na ilha de Okinawa, no Japão, passar dos cem anos de idade é normal (e com boas condições de vida). No Brasil, segundo o Datafolha, cresce de forma acelerada a faixa etária dos "sessenta". Em apenas 1 ano, de 2008 a 2009, foram mais de 697.000 pessoas (quase a quantidade da redução que houve entre os jovens até 24 anos de idade).

Aparentemente mais idade não quer dizer mais juízo (brincadeira), pois senão vejamos: Segundo as pesquisas, nessa faixa etária, a Dilma teria 44%, o Serra 32% e a Marina 7%.

(fonte Dimenstein - Folha)

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ITAJUBÁ TENIS CLUBE - ITC


Bons momentos. No início dos anos 60 a cidade gravitava em torno da "Praça de Esportes". Tirando as piscinas do Batalhão e da Imbel (eram restritas) a do ITC era a única da cidade. O Clube era dirigido pelo Sr. Álvaro Mandolesi (da padaria), pelo Roberto Lamoglia (estudante ainda) e sob a gerência de José Luís Chiaradia, o famoso e saudoso Califa. Ah, nos exames médicos (eram obrigatórios para nadar), o Dr. Orlando.
Com a novidade da piscina, a molecada (eu tinha 13 anos) nadava com chuva, com frio e até com sol. O ambiente era sensacional e a palavra do Califa inquestionável.
Um detalhe me desagradava e custou para mudar o meu pensamento a respeito. Falo do som dos alto-falantes e das músicas que tocavam (creio que era o gosto do Presidente Roberto Lamoglia). Em plena era do rock and roll, descobriram um LP de um cantor baiano e um ritmo novo, que não tinha nada com piscina, esporte e brincadeiras.
Era a bossa nova e o cantor, João Gilberto. A música repetida centenas de vezes por dia era "Chega de Saudade" (Vinícius/Jobim). Era um saco.
Confesso que fui aprender a gostar de bossa nova já perto dos 30 anos. Virei fã de João Gilberto. 
Os torneios da Primavera paravam a cidade. Quando servindo o exército (estava lá fardado) assisti e tentei ajudar a apartar a maior briga que vi em Itajubá, entre os estudantes de engenharia e os soldados do batalhão. Perdi a minha farda. Rasgou-se toda no alambrado.
Foi um descontrole sem tamanho do Major Ferreira.
Alguém deve lembrar dessa noite.
Ouçam:

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SOLTANDO AS MÃOS

A primeira reação de Dilma ao ser informada das denúncias da "Veja" sobre a ministra chefe da Casa Civil, Erenice Guerra, foi de total apoio. Com o passar das horas, seu ânimo a respeito foi arrefecendo. Ontem no debate, ela já disse que a questão era um problema do governo e tratou a amiga, braço direito e substituta como simplesmente, "ex-assessora".
A situação está muito complicada. Com certeza a imprensa tem mais munição sobre o assunto. A Dna. Erenice tem cara de ser pessoa que não cai sozinha.
Afastá-la nesse momento ? Nem pensar. E se ela resolve falar ?
Algum herói petista poderia convencê-la a tomar a iniciativa de se afastar, quem sabe tirar umas férias...
De qualquer forma, a Sra. Erenice, que com certeza continuaria ministra num provável governo Dilma, poderá esquecer o cargo.
Influências nas eleições ? Ao meu ver, nenhuma.

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CASA DOS HORRORES

DESINTERESSANTE AO EXTREMO

Assisti ao debate entre os candidatos ao Planalto na Rede TV, por escassos 10 minutos. Larguei mão. Fui ler um livro e após o término, dei uma olhada no resumo pela web. A sistemática do debate não permite que os candidatos exponham suas ideias e o pior, parece que eles não estão interessados nisso.
Todos participam de olho nas pesquisas e sentindo no ar o fantasma do Lula. Impressionante.
Quem não assistiu não perdeu nada.
Saudade do Mário Covas.

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