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quinta-feira, 25 de março de 2010

PF - PRATO FEITO



O restaurante Xodó ainda mantem a classe dos velhos tempos. O Sandro conservou o estilo do seu pai, o Wanderley. Estivemos almoçando lá no último domingo. Lembrei de episódio que aconteceu no mesmo Xodó, há muitos anos, quando o restaurante ainda era na Boa Vista, mais precisamente na Rua Maria Carneiro.
Num domingo estáva lá com minha família para almoçar. Éramos em cinco. Como os pratos do Xodó eram mais do que suficientes para duas pessoas, a Sonia e os filhos fizeram os pedidos. Ficou faltando o meu pedido.
Dei uma pensada e disse para o garçon: Na realidade, o que gostaria de comer não tem no seu cardápio. Eu estou com vontade de comer um "prato feito" (PF) no capricho.
Todos na mesa ficaram assustados, afinal o Xodó era e ainda é considerado um restaurante chic. Parece que eu tinha mencionado um palavrão.
Passado o susto o garçon muito solicito disse: Pois não. Nós providenciaremos se assim o senhor desejar.
De imediato dei um sinal de positivo e o garçon foi repassar o pedido para a cozinha.
A censura foi geral. Mas enfim...
Após algum tempo lá veio o moço atravessando todo o salão, trazendo de forma escandalosa o PF fumegante.
O restaurante lotado parou para observar a trajetória do maravilhoso prato. Alguns ficaram em pé. Aconteceu um princípio de palmas.
Vou tentar descreve-lo: Como base, 2/3 de arroz branquinho, soltinho feito na hora. 1/3 de feijão marron com caldo grosso. Em cima, 3 rodelas de tomate italiano, uma quantidade generosa de batatas fritas, cobrindo uma fresca folha de alface americana um bife fininho com cebolas e para completar, um ovo com gema amarelinha pedindo para ser furado.
Meio restaurante espiava invejosamente.
Para encarar um prato como esse exige-se experiência e determinação. Aprendi a enfrentar um PF com o meu Avô Jayme Riera, que foi durante parte de sua vida um exímio pedreiro.
Um copo de vinho ou mesmo de cerveja gelada é fundamental no acompanhamento, juntamente com um bom jogo de talheres.
Na oportunidade eu sabia que estava sob severa observação. Simulei aquela indiferença de Gary Cooper e ataquei pelo flanco direito.
A arte consiste em lentamente ir derrubando a paredinha de arroz, dando uma leve puxadinha no feijão para a primeira garfada. Para o local vago, desloque uma rodela de tomate. Leve lentamente à boca, uma batatinha fisgada com o garfo. Corte a rodela de tomate fazendo três cortes, seguido de outros três, em ângulo de 90º.
Nesse meio tempo, dê uma furadinha na gema para dar um colorido especial.
Atenção: Corte uma tirinha de bife junto com o alface, como se tivesse embrulhando o pedacinho de carne na folha verde.
Descanse os talheres na borda do prato, dê uma limpada nos lábios, respire fundo e tome um gole de vinho (ou cerveja). Olhe para o infinito resignadamente.
Jamais, digo jamais, deixe o prato bagunçado.
Nessa sequência, com calma, em quarenta minutos a tarefa estará completa.
Tenha certeza que a vontade dos clientes e acompanhantes seria carrega-lo pela rua nos ombros, como um heróico gladiador.
Antes do café, exija uma fatia de queijo mineiro fresco ao lado de uma gorda colherada de doce de abóbora com côco.
Nesse domingo histórico, foram feitos mais uns 20 pedidos de PF e nenhum foi atendido.
Foi a glória !
ER

CONTA GOTAS !

1 - Eleição no Clube Itajubense no próximo domingo. Sempre foi muito disputada e renhida. Desta vez não teremos chapa de oposição. Fica sem graça a ausência de disputa, de debates. Como Nelson Rodrigues, também não gosto de unanimidade.
2 - Muitas manifestações simpáticas pela postagem mil do "viver é perigoso". Só algumas raivosas e declaradamente petistas. Me comovem o sentimento e a carência desse pessoal. Vou mudar o discurso (só hoje) em homenagem: Feliz é o País que tem a frente um Estadista preparado, assessorado por homens dignos, corretos e acima de qualquer suspeita. Oito anos no poder e sequer ouvimos uma denúncia de desvios. Feliz é o País que tem a sua frente homens públicos como José Dirceu, que coloca toda a sua sabedoria a serviço da nação. Mulheres bem postadas como Marta Suplicy e Ideli Salvatti. Parlamentares do porte firme de um Mercadante, decidido de um Eduardo Suplicy e integro como Antonio Palocci. Feliz é o País no qual todos os membros do governo, do primeiro ao quinto escalão não colocam as mãos sobre dinheiro sujo, pois todos, sem excessão, têm cartão de crédito corporativo sem limites de gastos. Feliz...
3 - Interessante. Depois que descobriram que o José Dirceu está por trás da volta da telebrás (rolo) as ações da empresa cairam 49%. O mico vai ficar nas mãos de principiantes, como sempre.
4 - O Fernado Sarney, filho do Zé, tentava transferir US$ 13 milhões da Suiça para o paraiso fiscal de Liechtenstein, quando a operação foi bloqueada pelo governo suiço. A grana não está registrada na receita federal. Em tempo: o Sr. Fernando é quem administra os bens da família.
Origem ? ? ?
5 - Todos sabem que o último comunista do planeta é o Sr. Oscar Niemeyer. O Fidel já não é faz tempo. Ou comunista que se preze usa agasalhos adidas ? Agora, um dos últimos petistas existentes (os outros já viraram Lulistas) é o Alaor Vieira. Mas é totalmente impossível brigar ou discutir com ele. Se é que posso dizer e se não for nenhum absurdo, ele é um Petista do bem. Ainda não engoliu a Dilma, mas é questão de tempo.
ER

CRUZ


CRUZ

Sobre a decisão de retirarem a Cruz dos lugares públicos.
Eta resposta bem dada de um padre consciente.

(Email do Alaor)


Sou Padre católico e concordo plenamente com o Ministério Público de
São Paulo, por querer retirar os símbolos religiosos das repartições
públicas..
Nosso Estado é laico e não deve favorecer esta ou aquela religião.
A Cruz deve ser retirada !
Jamais gostei de ver a Cruz em tribunais, onde os pobres têm menos
direitos que os ricos e onde sentenças são vendidas e compradas.
Não quero ver a Cruz nas Câmaras legislativas, onde a corrupção é a
moeda mais forte.
Não quero ver a Cruz em delegacias, cadeias e quartéis, onde os
pequenos são constrangidos e torturados.
Não quero ver a Cruz em prontos-socorros e hospitais, onde pessoas
(pobres) morrem sem atendimento.
É preciso retirar a Cruz das repartições públicas, porque Cristo não
abençoa a sórdida política brasileira, causa da desgraça dos pequenos
e pobres.

Frade Demetrius dos Santos Silva / José Alaor Vieira (Balú)





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TRANSPARÊNCIA

Ouvi hoje na Rádio Jovem, parte de uma entrevista concedida pelo Santiago, proprietário do Jornal "O Sul de Minas" e um criadores da ONG "Transparência Itajubá". Respondeu as perguntas com a facilidade e o conhecimento que lhe são peculiares.
Um ponto não me convenceu, e como ele agora atua também um homem de imprensa, tomo a liberdade de registrar:
Alguém da administração municipal tentou direcionar uma concorrência beneficiando ou facilitando o jornal "O Sul de Minas" ou melhor, buscando alijar do pleito o outro jornal da cidade, exigindo como pré-requisito para participação ter sua edição com no mínimo 18 páginas.
O próprio "O Sul de Minas", repudiou a "facilidade" e se manifestou publicamente a respeito.
Digo eu: Dentro do espírito que norteia a respeitada ONG, por que não solicitam uma investigação para descobrir quem fez, por que fez, a mando de quem, tal desvio ? Se fez uma vez poderá fazer outras.
Poderá também ter sido somente um erro de um funcionário inexperiente, talvez apaixonado pelo número 18.
ER

ALDEIA GLOBAL

Em 69 ou 70 se discutia muito sobre filosofia e política em Itajubá. Os "pratos do dia" eram os livros do Prêmio Nobel nascido alemão e naturalizado suiço, Hermann Hesse (O Lobo da Estepe e Sidarta). Na sequência, o guru dos "intelectuais" era o canadense Herbert Marshall MacLuhan, com o seu livro (tornou-se uma bíblia), " O Meio é a Mensagem", que pregava a idéia de que o mundo caminhava, com os avanços tecnólogicos, para se tornar uma aldeia global.
Esse assunto era um saco, mas conhecer um pouco proporcionava um tremendo Ibope junto a moçada do Colégio da Irmãs.
Isso foi só a introdução: Li no final de semana, em algum lugar, o interessante depoimento de um jornalista americano. Dizia ele:
"Meu filho se formou engenheiro e conseguiu trabalho na cervejaria Budweiser nos EUA. Após um período de treinamento foi deslocado para trabalhar em uma fábrica da empresa, situada na Índia. Tudo bem.
Continuando explicou: Com pouco tempo de Índia, foi enviado para o Brasil com o intuito de passar seis meses aprendendo o português.
Concluiu o Pai: Daí que tomei conhecimento que a Budweiser não é mais americana, mas sim da Ambev/Imbev, que vem a ser um grupo brasileiro/belga.
As coisas estão mudando. Há pouco tempo era a gente que ia prá lá.
ER

O ÓDIO SERÁ A TUA RUÍNA !

Lembra título de filme de bang-bang americano, daqueles bem antigos. Li hoje na coluna do Dr. Edson Ribeiro, advogado e colunista criativo do jornal Itajubá Noticias, que de forma engraçada fala de assuntos sérios, sobre o destempero que causa no "Seu Jorge" a simples menção do sobrenome Riera. Pelos últimos gestos do alcaide, deve ser verdade.
Acho estranho o seguinte:
Em Itajubá já apoiamos (participamos das campanhas) as candidaturas do Dr. Pedro Mendes, do Ambrósio Pinto, do Saulo Germiniani, do Chico por três vezes e logicamente da minha própria. Tivemos vários adversários duríssimos. Mas nunca deixamos de conversar, dialogar e a respeitar todos eles. Inclusive, nos três últimos pleitos estivemos politicamente em posição totalmente diversa dos meus primos Sebastião e Rodrigo Riera, que são do PMDB.
Lógico que pequenas chateações ficam, mas nada que impeça o relacionamento amigável, solidário e cordial.
O Sr. BPS venceu as eleições da qual eu participei e em nenhum momento deixamos de ter um relacionamento educado. O "Seu Jorge", que foi eleito Vice-Prefeito do BPS, de imediato entrou em rota de colisão e deixou de falar com o Prefeito, praticamente abandonando o cargo.
Ele que entenda que Itajubá não precisa simplesmente de um gerente. Precisa de muito mais. Mas será difícil para ele e o seu pessoal entender.
ER

PERCEPÇÃO DO VALOR

Sobre a Percepção de Valor

Aquela poderia ser mais uma manhã como outra qualquer. Eis que o sujeito desce na estação do metrô: vestindo jeans, camiseta e boné, encosta-se próximo à entrada, tira o violino da caixa e começa a tocar com entusiasmo para a multidão que passa por ali, bem na hora do rush matinal.

Mesmo assim, durante os 45 minutos em que tocou, foi praticamente ignorado pelos passantes. Ninguém sabia, mas o músico era Joshua Bell, um dos maiores violinistas do mundo, executando peças musicais consagradas num
instrumento raríssimo, um Stradivarius de 1713, estimado em mais de 3 milhões de dólares.

Alguns dias antes Bell havia tocado no Symphony Hall de Boston, onde os melhores lugares custam a bagatela de 1000 dólares. A experiência, gravada em vídeo
v=hnOPhttp://br.youtube.com/watch?u0_YWhw, mostra homens e mulheres de andar ligeiro, copo de café na mão, celular no ouvido, crachá balançando no pescoço, indiferentes ao som do violino.

A iniciativa realizada pelo jornal The Washington Post era a de lançar um debate sobre valor, contexto e arte.

Conclusão: estamos acostumados a dar valor às coisas quando elas estão num contexto.

Bell era uma obra de arte sem moldura. Um artefato de luxo sem etiqueta de grife. Esse é um exemplo daquelas tantas situações que acontecem em nossas vidas que são únicas, singulares e que não damos a menor bola porque não vêm com a etiqueta de seu preço. A grande pergunta é : o que tem valor real para nós, independentemente de marcas, preços e grifes? É o que o mercado diz que você deve ter, sentir, vestir ou ser? Disse Jesus: " A vida de qualquer pessoa não consiste na abundância do que possui . "

Essa experiência mostra como, na sociedade em que vivemos, os nossos sentimentos e a nossa apreciação de beleza são manipulados pelo mercado, pela mídia e pelas instituições que detém o poder financeiro. Mostra-nos como estamos condicionados a nos mover quando estamos no meio do rebanho.

Louriberto Oliveira/Humberto Chiaradia


FRASE (ABOBRINHA ) DO DIA

Ouvido de um Professor num velório: "Engraçado como a morte acaba com a vida da gente."

ER

FRASE DO DIA


"Juiz tem que ser magistrado e não majestade"

(Ministro Gilson Dipp - STJ)

DEVE DAR PARA PAGAR AS DESPESAS



Uma publicação européia fez um estudo sobre os rendimentos (salários, publicidade, etc) dos craques de futebol. Os três mais bem pagos do mundo são:
Lionel Messi - Argentino do Barcelona - Em R$ 60 milhões por ano. Mais ou menos R$ 5 milhões por mês, o que daria mais ou menos R$ 170 mil por dia. Importante, para fazer o que gosta.
Cristiano Ronaldo -Português do Real Madrid - R$ 55 milhões/ano.
Kaká - Brasileiro do Real Madrid - R$ 32 milhões/ano
Não sou contra. São artistas.
ER

SEM PALAVRAS !