Translate

sexta-feira, 12 de março de 2010

O SOM DO SILÊNCIO



É triste quando a aplicação de uma lei encobre um gesto de força. Todos nós sabemos que um artifício legal foi utilizado para cercear a liberdade garantida pela Carta Magna da República.
Eles nunca irão entender a bestialidade do gesto. Foi como um grupo armado entrasse, sem pedir licença, na sala, no quarto de nossa casa, no interior do nosso carro e desligasse o nosso rádio.
Eles são rústicos demais para perceber o estrago que fizeram. A pobreza de sentimentos os impedirão de entender o que é liberdade.
Até um cavalo selvagem que corre pelas pradarias sabe o que é isso.
Eles jamais perceberão que o silêncio tem som. É pode ser ensurdecedor.
O som do silêncio ecoa pelo centro da cidade, pela varginha, pela imbel, pela rodovia, pela medicina, pela avenida, pela boa vista e vai se diluindo levado pelo vento.
O som do silêncio vai despertando as pessoas.
Tocaram no que nos é mais caro. Não merecem o ódio. Simplesmente já conquistaram a nossa indiferença.
Pobres incompetentes vazios.
Aqui você pode ouvir "The Sound Of Silence", maravilhoso com Simon & Garfunkel.
ER

SEM PALAVRAS !


FRASE DO DIA


MARTIN NIEMOLLER
Foi um Pastor luterano alemão, nascido em 1892 e falecido em 1984. Foi comandante de submarino na 1ª Guerra Mundial e condecorado com a Cruz de Ferro. Foi um importante resistente protestante contra o nazismo. Por ordem de Hitler foi preso e mandado para o campo de concentração de Dachau, onde ficou até o fim da guerra. Em 1966 foi premiado com o Prêmio Lenin da Paz.
Deixou esses versos que passaram para a história e que são adequados em qualquer momento, em especial neste:
"Primeiro, os nazistas vieram buscar os comunistas, mas, como eu não era comunistas, eu me calei. Depois, vieram buscar os judeus, mas como eu não era judeu, eu não protestei. Então, vieram buscar os sindicalistas, mas, como eu não era sindicalista, eu me calei. Então, eles vieram buscar os católicos e, como eu era protestante, eu me calei. Então, quando vieram me buscar... Já não restava ninguém para protestar."
ER