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quinta-feira, 15 de outubro de 2009

LUÍS MATUZALÉM

Para nós, simplesmente Luizinho da Dnª Maria. O Matuzalém veio pouco tempo atrás e vou contar o porque. Adianto que ele é merecedor do apelido, que quase de modo oficial juntou-se ao seu nome.
Como gosta de conversar tomando uma cervejinha, esclarece que formou-se torneiro mecânico numa das primeiras turmas da escolinha técnica que funcionava na antiga Fabrica de Armas. Foi para São Paulo onde casou-se, teve três filhos (hoje todos formados com curso superior) e há alguns anos, enviuvou-se.
Aposentado com bom rendimento, mora numa casinha própria na Vila Poddis, tem uma Brasília branca (único dono) e quando não está pescando no Olegário Maciel, está tomando cerveja com a turma. Ir aos encontros da terceira idade, nem pensar (já foi convidado).
Pois bem, segundo ele, trabalhou por doze anos, na Willis Overland do Brasil, que montava Jipes e a Rural Willis, precursora da Cherokee. Labutou 25 anos na Volkswagem, quando essa ainda importava os fusquinhas.
Veio para São Jose dos Campos no começo da GM, onde ficou vinte e dois anos. Se encheu, e atendendo a um convite de um engenheiro de Itajubá foi para a COSIPA, no comecinho, onde inclusive conheceu o BPS dirigindo caminhão, que já era careiro nos fretes.
Por lá ficou por dezoito anos e pediu demissão por ter encontrado uma carteira de motorista na feijoada da fabrica que acontece as quartas-feiras. Reclamou e não lhe deram atenção. (descobriram que era do cozinheiro e caiu no panelão sem querer).
Tirando o pé do acelerador, entrou Cofap - Mauá, que já estava pensando em se instalar em Itajubá, onde chefiou a ferramentaria por dezoito anos. Parou e só para complementar a aposentadoria, trabalhou como autônomo numa bem aparelhada oficina mecânica de uma amigo, em Santo André.
Ele gosta de deixar bem claro. Toda essa epopéia acima foi com carteira assinada. Segundo disse, só de anexos com anotações de férias, aumento de salários etc, tem quase dez quilos. Tudo guardado, pois com documento não se brinca.
Para confirmar, diz se lembrar muito bem em São Bernardo um moleque gordinho, páu-de-arara, falante, chegado numa pinguinha e que acabou por distração perdendo um dedo no torno. Acabou se ajeitando no Sindicato. Parece que está bem agora lá em Brasília.
Questionado sobre como ter 100 anos de carteira assinada e só setenta e em de idade, ele afirma categóricamente: Trabalhando a gente não vê o tempo passar. O tempo passa muito rápido, principalmente lá por São Paulo, onde de noite já é amanhã.
E agora meu ? Vai encarar ?
ER

MENINOS EU VÍ - 1

Não sei porque lembrei disso agora a noite. Mas para não esquecer, vou logo registrar.
No final de 1980, creio, com bastante certeza, Sônia, Dnª Ditinha e eu, estávamos no pequeno Shopping a Céu aberto do Hotel Tropical em Manaus, quando vimos ao nosso lado, a mulher nota 10, ou seja a Bô Derek (lembram-se ?) com o seu marido John Derek.
Na época, John Derek trabalhava como Diretor de cinema, mas também tinha sido ator, principalmente dos filmes chamados 'romanos"(gladiadores, etc). Na oportunidade, depois constatei pela imprensa, ele estava selecionando locações para um futuro filme.
Ela estava com um vestido tipo indiano até os tornozelos, decote acentuado, queimada de sol e cabelos presos, loiríssimos. Ficamos por quase uma hora encontrando e nos reencontrando pelas lojas. Ah! estava com sandália baixinha.
Realmente muito bonita, fazendo justiça ao seu apelido, que saiu do nome do filme - Mulher Nota Dez.
ER

TRISTEZA NÃO É DEPRESSÃO

HÁ muito, depressão, outros transtornos de desordens mentais, deixaram de serem consideradas frescuras, chiliques, etc. Só mesmo levando um esbarrão para atentar e reconhecer como caso a ser tratado.
Como não sou médico, porém curioso do tema, transcrevo observações feitas pelo Dr. Rubens Pitliuk, neuropsiquiatra do Hospital Albert Einstein.
A tristeza é um sentimento benéfico de ser experimentado; a depressão é uma doença.
Tristeza - É uma forma de lidar com a dor psíquica causada por uma situação objetiva - por exemplo, a morte de uma pessoa próxima ou a separação amorosa não desejada.
A depressão - Para o seu diagnóstico, a pessoa deve apresentar cinco ou mais sintomas (a tristeza é um deles) por pelo menos duas semanas. Os sintomas incluem:
  • Sentir-se deprimido ou "triste" a maior parte do tempo.
  • Ter interesse diminuído ou perda de prazer para realizar as atividades de rotina.
  • Sentir-se inútil ou experimentar culpa excessiva.
  • Ter dificuldade de concentração e raciocínio.
  • Ficar apático, sem energia e com muita fadiga.
  • Ter distúrbios do sono (insônia ou sonolência excessiva) praticamente todo o dia.
  • Ter distúrbios alimentares, como falta ou excesso de apetite, assim como ganho ou perda de peso significativos sem estar seguindo regime alimentar específico.

É o mal do nosso tempo. Se for com você, peça ajuda. Se for com alguém próximo, entenda e ajude com sabedoria. (observação minha)

JOVENS TARDES DE DOMINGO (DOIS)

Ainda sobre o musico, quer dizer, empresário, Alfredo Junta, tivemos acesso a fotografias do Conjunto "Os Dinâmicos" e duas musicas próprias gravadas.
Sensacional. O som é parecido com o Conjunto americano The Ventures, no estilo de Apache, Memphis, Pipeline, Hawaii Five-0, Tequila, etc.
Tenho o som a disposição no computador.
"Os Dinâmicos" tocaram com Leno&Lilian, Erasmo "O Tremendão, Deny e Dino (lembram-se de coruja há, há, há ? ).
É bom ter vivido a vida no momento que tinha que ser vivida com intensidade.
ER

HORA DA VERDADE

Não sei o que deu, mas num domingo pela manhã, em lá estando, convidei a Sônia para visitar o Cemitério Père Lachaise em Paris. Tem gente pensando ou confirmando: o cara não é normal.
Calma, não deixa de ser interessante caminhar no Père Lachaise pelas ruelas arborizadas, na época, judiadas e tristes pela aproximação do inverno.
De cara encontrei o Sr. Honoré de Balzac, sim, aquele das balzaqueanas. Em frente ví o Gilbert Becaud, lembram-se das musicas de sucesso nos anos 60 ? Bem acompanhado ao lado pela incontrolável e admirada Isadora Duncan (morreu com o xale enroscado no conversível) e moradora ao lado da Sarah Bernhardt .
Muito imponente a residência definitiva da família Bugatti, os mesmos dos carros de corrida. Temos que tirar a boina alí na esquina para a Maria Callas (parece que nunca perdoou o Onassis).
Albert Camus, o dos filmes que a gente não entendia muito. Sim, silêncio. Alí dorme o grande Fréderic Chopin e ao lado, a artista insinuante Collete e o admirado Rossini, que virou depois, nome de filet.
Um pouco de pintura. Mais alí, Delacroix, após, o Sr. Modigliani e outros.
Com grande respeito repousa alí o Sr. Allan Kardec
Está alí o Sr. La Fontaine (lembram-se das fábulas). O Sr. Oscar Wilde, sempre muito questionado (agora não mais), o Sr. Moliére, o Sr. Proust e já dos meus tempos, a Simone Signoret, pertinho como sempre, do Ives Montand.
O pessoal do Champagne está bem representado. Estão lá o Boulanger, Pérignon e outros.
Num cantinho, lá no centro está o astro de rock, imbatível nos palcos , Jim Morrison, do The Doors (abusou de mais, quando foi para Paris para fugir, ficou lá forever).
Muitos outros nomes que fizeram época.
Deixei para o final, o minha artista francesa predileta, muito mais do que Bardot ou Deneuve. Falo da quase imortal Edith Piaf. Sem comentários adicionais sobre ela, uma vez que são plenamente dispensáveis.
No fundo no fundo, não escapa ninguém, fica a memória.
Vamos nos cuidar e preparar para a inevitável prestação de contas.
ER

APRESENTADO PARA UMA MUSICA

É mais comum do que a gente pensa, ou seja: Ser apresentado para uma música. Quando a música é maravilhosa, você nunca a esqueçe, nem o apresentador e nem a ocasião.
Pois bem, no inicio dos anos 60, fui ao bairro da avenida, menino ainda, mas muito antenado, acompanhando o Athanasio Sarlas , (pessoa maravilhosa e amiga, embora com mais idade) até a Republica onde moravam e estudavam, o Luzimar Riera, meu primo e se não me engano, o Prof. José Carlos Goulart.
Lá pelas tantas, me vendo fuçar nos discos (na época, para mim só existia o Elvis Presley), o Luzi disse: Ô mocorongo, dê uma escutada nesse disco e na musica tal, você vai saber o que é musica.
Eles tinham uma vitrolinha Sonata. Eu coloquei o LP do Ray Charles para tocar Stella by Starlight, conforme sugerido ou ordenado.
Jamais a esqueci.
Lembro-me disso agora, quando soube que o Ricardo Noblat tem em arquivo mais de cem gravações dessa musica, com cantores e musicos diversos.
Fiquei devendo mais essa para o Luzimar.
ER

VIOLÊNCIA ASSUSTADORA

Fim de semana desses lí praticamente direto o Livro Gomorra - Roberto Saviano - Edit. Bertrant Brasil .
Não é muito a leitura com a qual tenho prazer, mas trata-se de uma reportagem feita sobre o crime organizado (máfia) na Itália, com mais intensidade em Nápoles, Palermo e arredores.
Como curiosidade, é relatado um encontro com o lendário russo, Mikhail Kalashnikov, criador do fusil metralhadora AK-47. Em 1991 ([época do encontro), ele tinha 84 anos e muito vigor.
Calcula-se que mais de 150 milhões de fusis AK-47 tenham sido fabricados. Foi estimado que o AK-47, já matou mais gente do que as bombas de Hiroshima e Nagasaki, mais que o HIV, mais que a peste bubônica, mais que a malaria, mais do que todos atentados dos fundamentalistas islâmicos, mais do que a soma dos mortos de todos os terremotos que agitaram a crosta terrestre.
Dos famosos, foram mortos com o AK-47, Anuar Sadat, General Dalla Chiesa, Ceausesco e Salvador Allende, no la Moneda.
Em Itajubá também se fabricam armas, porém o nosso é o fusíl FAL, originalmente belga e hoje, segundo entendidos, já mais avançado, com adaptações diversas.
Numa conversa em 1998 com um amigo, alto funcionário da IMBEL, comentei sobre o nosso desconforto em caminharmos para ser uma Tecnópolis, com valorização integral a vida, produzirmos armas de mortes. (independe de empregos, parte social, etc, etc).
A saída dele foi curta e rápida, sendo a mesma do Sr. kalashnikov ao repórter:
Não fabricamos armas para ataque. Fabricamos armas para a defesa e em especial, para a defesa da Pátria.
Me recolhi.
ER

FRASE DO DIA

" A vida só pode ser vivida olhando-se para frente, mas só pode ser comprendida olhando-se para trás"

Kierkegaara

Daí o porque de insistirmos tanto em buscar a compreensão neste blog, ou seja, olhando para trás. Tentando não perder o fóco do olhar para frente.

ER

DAVID NASSER

Para quem não sabe ou não se lembra, David Nasser foi um dos maiores reporteres deste País. E durante algum tempo, com certeza, o mais influente. Dominou a revista semanal "O CRUZEIRO", do Diário Associados, que no Brasil dos anos 50, chegou a rodar 720.000 exemplares.
Nasser nasceu em Jaú - SP, em janeiro de 1917 - Morreu em dezembro de 1980, no Rio de Janeiro. Quando menino morou em Caxambu, onde o Pai abriu uma lojinha.
Uma vez no Rio de Janeiro, lhe perguntaram por que os Paulistas não gostavam dele, uma vez que ele mesmo era Paulista. Nasser respondeu curto é grosso: As pequenas terras não amam os seus grandes homens.
Doutra vez, quando Carlos Lacerda foi eleito Governador do Rio, Nasser escreveu: Como amigo. Lacerda é horrivel. Como correligionário, deve ser difícil lidar com ele. Mas essas não qualidades que se exigem de um governante. Para administrar o bem público um homem precisa ser honesto, inteligente, realizador. Carlos é honesto e inteligente. Vamos ver se realiza alguma coisa.
ER

GRANDES DICAS DO BLEFADOR 1

COMO SER MÍSTICO
Está na moda e dá Ibope:
a) Invente uns poucos paradoxos sem sentido (como "a única luz verdadeira está na escuridão, ou "cada passo para a frente é um passo para trás".
b) Arranje uns provérbios que não digam nada (como "quem fala com peixe de aquário tem sorte demais para obter resposta" ou "quanto mais alta a árvore, menor é o fruto".
c) Professe crença em pelo menos um absurdo metafísico algocomo "Tudo é uma unidade" ou " A Realidade Comum é apenas uma Ilusão Básica em Comparação com a Verdadeira Luz do Ser Supremo". (não se esqueça de falar com letras maiúsculas.)
d) Insinue de maneira obscura que o caminho para a luz, embora longo e aspero, é positivamente viável; dê a entender que uma boa maneira de segui-lo é entrar num relacionamento físico estreito consigo próprio.
e) Mantenha sempre um sorriso benigno, indistinguível para fins práticos do riso idiota.
Jim Hankinson
ER

JOVENS TARDES DE DOMINGO

O Rei Roberto Carlos está completando 50 anos de carreira com muitas emoções pelo Brasil a fora. Merecida festa. Poucos sabem que em Itajubá temos um ex-participante da Jovem Guarda. Exímio contrabaixista, boa pinta, tranquilão, tocou em diversos conjuntos de iê iê iê (o movimento era assim denominado), atuando na mesma faixa dos "The Jordans", The Clevers, que depois mudou o nome para "Os Incríveis", The Jet Blacks, etc.
O seu conjunto acompanhou diversos ídolos da época e principalmente, algumas vezez, o Rei Roberto Carlos.
Ele tem muitas histórias desse período e o que lhe chamou a atenção, além das loucuras de tietes, foi a total ausência de drogas nos bastidores e platéia, nesse período. Parece que o alucinógeno era só o clima e o som.
Possivelmente virá desdizendo o acima. Mas é verdade e poderemos ter acesso a vídeos, gravações e etc.
Estou falando do Alfredo Junta, grande Itajubense de coração e homem firme em suas convicções e que luta por elas com denodo. Sempre disposto a colaborar.
Extrema cultura e bom amigo.
ER